terça-feira, 29 de junho de 2021

EUA propõe banir o termo cockpit para combater sexismo e promover inclusão na aviação

O setor de aviação civil pode em breve promover uma linguagem mais inclusiva em um esforço para aumentar a diversidade.



O sinal disso veio na última quarta-feira (24), quando um comitê consultivo da FAA (Federal Aviation Administration) divulgou um relatório recomendando que as companhias aéreas adotassem uma linguagem mais neutra em termos de gênero, removendo palavras como “Airman” (aviador) e “Cockpit” (cabine de pilotagem) de seus manuais.

A FAA recomenda que as companhias aéreas substituam “Airman” por “Aviator” e “Cockpit” por “Command Cabin” ou “Flight Deck” em seus documentos.

Como palavras “Airman” ou “homem do ar” e “cockpit”, cuja composição da palavra poderia denotar algo relacionado ao órgão genital masculino (vulgarmente chamado de “galo”), estariam indo contra as práticas de inclusão.

“A pesquisa mostra que a utilização de uma linguagem geral neutra pode levar a um ambiente mais inclusivo que atrai mais pessoas para a indústria e ajuda a escolher-las lá“, disse o comitê em seu relatório.


A mudança refletiria o que outras associações fizeram para ser mais inclusivas em relação às mulheres. Em 2006, a NASA decidiu que toda a terminologia usada no programa espacial seria neutra em termos de gênero.

A recomendação do comitê consultivo vem como resultado de um impulso do governo Biden por mais equidade na aviação - um setor que tem sido dominado por homens brancos. Embora muitas mulheres trabalhem como comissárias de bordo, há muito mulheres trabalhando como pilotos. Até o momento, cerca de 94% dos pilotos de avião são homens brancos, de acordo com dados do US Bureau of Labor Statistics.

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