A CBF assinou hoje (28) o contrato de venda do avião comprado em um dos últimos atos de Rogério Caboclo (foto ao lado) antes de ser afastado temporariamente da presidência, em 4 de junho. O caso foi inicialmente revelado pelo blog do Rodrigo Mattos.
A entidade recebeu pouco mais do que os US$ 14 milhões (cerca de R$ 70 milhões) e, segundo o UOL Esporte apurou, fechou negócio com uma empresa que já estava interessada na aeronave antes de a CBF adquiri-la inicialmente.
O acordo verbal já estava firmado há cerca de duas semanas, mas ainda havia um trâmite burocrático a ser cumprido: uma vistoria técnica por parte do comprador para verificar as condições do item. O jato que a CBF vendeu é um Legacy 500, prefixo PR-HIL, com 490 horas de voo e capacidade para 16 pessoas.
A compra do avião foi um motivo a mais de discórdia entre Caboclo e a diretoria da CBF. A operação foi sacramentada no dia em que ele se tornou oficialmente alvo de uma denúncia de assédio moral e sexual. Uma funcionária protocolou documentação na comissão de ética do futebol brasileiro e na diretoria de compliance da CBF.
O presidente atualmente afastado afirma que o negócio foi planejado por meses e contou com a assinatura do diretor financeiro, Gilnei Botrel, e do diretor jurídico, Luiz Felipe Santoro. O dirigente alegou ainda que a CBF trocaria uma aeronave de menor tamanho e de menor autonomia (Cessna 680 modelo Sovereign, prefixo PP-AAD), ano 2009, por uma maior, mais moderna e de maior autonomia, ano 2015.
A atual diretoria da entidade, no entanto, rebateu dizendo que "a aquisição da aeronave foi um desejo particular" de Caboclo, que "negociou pessoalmente a aquisição e determinou o fechamento do negócio nos termos acordados por ele com o proprietário". A CBF ainda complementou posicionamento dizendo que "os documentos foram assinados pelos diretores das áreas envolvidas por não existir ilegalidade na operação e por haver disponibilidade de recursos em caixa, embora ambos tenham alertado ao presidente que não era o momento propício para efetivar o negócio".
Por Igor Siqueira (UOL)
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