domingo, 18 de julho de 2010

TAM: familiares celebram missa nos 3 anos do acidente

A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do voo TAM JJ 3054 (Afavitam) encerrou neste domingo as atividades do 29º encontro da associação. Os familiares participaram de uma celebração eucarística na Capela do Colégio Santa Maria, em São Paulo, que teve início às 15h. A celebração começou com interpretação da música 'Jesus Cristo', de Roberto Carlos. Durante a missa, os integrantes da associação colocaram no altar estrelas de papel com os nomes das vítimas do acidente, que completou no sábado três anos.

As atividades começaram no sábado com uma homenagem feita pelos familiares na mesma área do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde o acidente aconteceu, e contou com apresentações musicais e leitura de textos.

O acidente da TAM matou 199 pessoas e ocorreu em 17 de julho de 2007, quando a aeronave se chocou com um galpão da própria empresa. Na aterrissagem, o avião percorreu toda a pista do aeroporto de Congonhas e, sem conseguir parar, atravessou a avenida Washington Luís, atingindo o prédio da TAM e um posto de gasolina.

Garis limpam local onde ocorreu acidente com o voo da TAM JJ 3054, próximo ao aeroporto de Congonhas

Segundo Luciano Cassel, irmão do gerente de compras Anderson Luís Falleiro Cassel, 39 anos, morto no desastre, o sofrimento é o mesmo após três anos, mas o que ajuda é o apoio recebido pelos parentes. "Hoje, a associação virou a família Afavitam", disse. Ele afirmou ainda que, ao mesmo tempo que esses encontros são bons, eles relembram tudo o que aconteceu na data do acidente. "O sentimento neste domingo é de saudade, perda e injustiça, pois até hoje ninguém foi culpado ou condenado", afirmou.

Inquérito da Polícia Federal (PF), enviado ao Ministério Público Federal (MPF) no final do ano passado, apontou apenas o piloto e o co-piloto, mortos na tragédia, como responsáveis pelo acidente, já que as investigações concluíram que a manete (alavanca que controla a aceleração do avião) estava em posição de aceleração e isto teria causado o desastre. A informação indignou os parentes das vítimas, que passaram a pressionar o MPF para que o órgão tenha um entendimento diferente sobre o caso, citando outros possíveis responsáveis pelo acidente - da companhia aérea e do aeroporto.

Fonte: Andressa Tufolo (Terra) - Foto: AE

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