As atividades começaram no sábado com uma homenagem feita pelos familiares na mesma área do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde o acidente aconteceu, e contou com apresentações musicais e leitura de textos.
O acidente da TAM matou 199 pessoas e ocorreu em 17 de julho de 2007, quando a aeronave se chocou com um galpão da própria empresa. Na aterrissagem, o avião percorreu toda a pista do aeroporto de Congonhas e, sem conseguir parar, atravessou a avenida Washington Luís, atingindo o prédio da TAM e um posto de gasolina.
Segundo Luciano Cassel, irmão do gerente de compras Anderson Luís Falleiro Cassel, 39 anos, morto no desastre, o sofrimento é o mesmo após três anos, mas o que ajuda é o apoio recebido pelos parentes. "Hoje, a associação virou a família Afavitam", disse. Ele afirmou ainda que, ao mesmo tempo que esses encontros são bons, eles relembram tudo o que aconteceu na data do acidente. "O sentimento neste domingo é de saudade, perda e injustiça, pois até hoje ninguém foi culpado ou condenado", afirmou.
Inquérito da Polícia Federal (PF), enviado ao Ministério Público Federal (MPF) no final do ano passado, apontou apenas o piloto e o co-piloto, mortos na tragédia, como responsáveis pelo acidente, já que as investigações concluíram que a manete (alavanca que controla a aceleração do avião) estava em posição de aceleração e isto teria causado o desastre. A informação indignou os parentes das vítimas, que passaram a pressionar o MPF para que o órgão tenha um entendimento diferente sobre o caso, citando outros possíveis responsáveis pelo acidente - da companhia aérea e do aeroporto.
Fonte: Andressa Tufolo (Terra) - Foto: AE
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