segunda-feira, 19 de julho de 2010

Escudo antimíssil de Israel passa em teste final e será usado em novembro

Sistema conseguiu abater vários foguetes simultaneamente, diz governo.

Desenvolvimento da Cúpula de Ferro contou com verba dos EUA.


Um sistema de Israel que tem o objetivo de interceptar mísseis de curto alcance passou por seus testes finais nesta segunda-feira (19) e será instalado próximo das fronteiras israelenses até novembro, informou o Ministério da Defesa.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso em maio uma verba de US$ 205 milhões para ajudar no desenvolvimento do escudo, que intercepta mísseis de curto alcance como os usados por militantes palestinos na Faixa de Gaza e pelo Hezbollah, no Líbano.

O sistema abateu com sucesso vários foguetes simultaneamente pela primeira vez em testes nesta semana, de acordo com o Ministério da Defesa israelense.

Foto de arquivo divulgada pelo Ministério da Defesa de Israel mostra foguete lançado a partir do sistema Cúpula de Ferro durante teste em 6 de janeiro

O ministro da Defesa, Ehud Barak, afirmou que o escudo pode ser um equipamento de proteção necessário para garantir a segurança dos israelenses diante de uma eventual retirada da Cisjordânia ocupada, questão incluída nas negociações de paz com os palestinos.

Andrew Shapiro, alto representante do Departamento de Estado norte-americano, disse na semana passada que o apoio dos EUA ao escudo "dará a Israel a capacidade e a confiança que precisa para tomar as decisões difíceis para uma paz completa".

Fabricado por uma empresa estatal, o escudo, chamado de "Cúpula de Ferro", usa pequenos mísseis guiados por radar para atingir foguetes e morteiros com alcance de entre cinco e 70 quilômetros.

Segundo estimativas, cada interceptação de mísseis custa entre US$ 10 mil e US$ 50 mil. Os foguetes palestinos, de fabricação caseira, custam cerca de US$ 500, uma diferença que, segundo analistas, pode afetar o orçamento da Defesa.

O sistema que entrará em operação em novembro é baseado em caminhões e pode ser levado a qualquer região de fronteira de Israel com facilidade, segundo o ministério.


Fonte: Reuters via G1 - Imagens: AP / AFP / france24.com

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