O movimento no heliponto do Morro da Urca (foto), utilizado, principalmente, para sobrevoos a pontos turísticos da cidade é a dor de cabeça dos moradores do bairro. De acordo com Karin Bruning, de 39 anos, o barulho dos helicopteros atrapalha o rendimento de seu trabalho.
– Sou consultora e trabalho de casa. Sempre que faço em uma vídeoconferência a pessoa do o outro lado da linha pergunta o que está acontecendo, se estou em algum aeroporto, tamanho o barulho dos helicópteros. Aqui, paga-se um IPTU altíssimo para ter tranquilidade, mas não é o que acontece – reclama.
O técnico industrial Rogério Meirelles, de 50 anos, também morador da Urca, compara o barulho dos helicópteros ao tráfego dos aviões do Aeroporto Santos Dumont.
– O barulho dos helicópteros é mais incômodo por causa da constância, o movimento aqui é tão grande que não nos deixa esquecer que temos ouvidos. Os aviões passam rápido, não incomodam tanto – analisa.
Para a estudante gaúcha Flávia de Melo, de 16 anos, há três meses morando na Urca, o movimento de helicópteros é um empecilho ao bom rendimento escolar.
– Além de atrapalhar minha soneca de depois do almoço, que tem de ser feita com plug no ouvido, é impossível me concentrar com essa barulheira. A mesma coisa quando estou assistindo à TV ou falando ao telefone – disse.
Na Lagoa, onde há dois outros helipontos de grande movimentação, a reclamação é quanto ao horário em que são feitos os pousos e decolagens, inclusive na base da Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas (Caoa), vinculada a Coordenadoria Militar do Gabinete Civil, do governo do estado.
– Os associados contam que aeronaves voam depois das 22h. É um desrespeito ao descanso das pessoas – critica Ana Maria Campitelli Simas, presidente da Associação de Moradores da Fonte da Saudade e Adjacências (Amofonte).
Para a presidenta da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (Amab), Regina Chiaradia, além dos voos panorâmicos, o problema do barulho dos helicopteros é agravado em dia de eventos na Enseada de Botafogo ou no Aterro do Flamengo.
– A associação recebe muitas reclamações, principalmente em dias de shows musicais ou atos religiosos, quando o ruído dos helicopteros que sobrevoam a multidão para filmá-la supera o da parafernália de som. É extremamente barulhento, sem falar no risco de queda de uma dessas aeronaves sobre o público – alerta.
A Secretaria estadual do Ambiente, órgão incumbido de fiscalizar a poluição sonora no Rio de Janeiro, informou que só age mediante reclamações formais.
No verão, Urca pode receber cem voos por dia
O maior transtorno para os moradores de áreas com grande fluxo de helicópteros ocorre no verão, época em que pode haver até cem decolagens por dia apenas no heliponto do Morro da Urca. Na Lagoa, o movimento cresce no mesmo período do ano por conta de empresários que viajam para casas de praia ou de campo em aeronaves.
Na base da Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas, que também fica às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, de onde partem as aeronaves do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, e das polícias, a coordenadoria Militar do Gabinente Civil do Governo estadual, responsável pela área, informou que os voos são feitos de acordo com as demandas dos órgãos, inclusive no horário noturno.
Questionado sobre o tamanho do tráfego de helicópteros, Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), responsável por autorizar a saída de cada helicoptero que decola na cidade, não informou quantos voos diários, em média, são feitos no Rio.
Fonte: Caio de Menezes (Jornal do Brasil) - Foto: Alexandre L. Rosa (panoramio.com)
– Sou consultora e trabalho de casa. Sempre que faço em uma vídeoconferência a pessoa do o outro lado da linha pergunta o que está acontecendo, se estou em algum aeroporto, tamanho o barulho dos helicópteros. Aqui, paga-se um IPTU altíssimo para ter tranquilidade, mas não é o que acontece – reclama.
O técnico industrial Rogério Meirelles, de 50 anos, também morador da Urca, compara o barulho dos helicópteros ao tráfego dos aviões do Aeroporto Santos Dumont.
– O barulho dos helicópteros é mais incômodo por causa da constância, o movimento aqui é tão grande que não nos deixa esquecer que temos ouvidos. Os aviões passam rápido, não incomodam tanto – analisa.
Para a estudante gaúcha Flávia de Melo, de 16 anos, há três meses morando na Urca, o movimento de helicópteros é um empecilho ao bom rendimento escolar.
– Além de atrapalhar minha soneca de depois do almoço, que tem de ser feita com plug no ouvido, é impossível me concentrar com essa barulheira. A mesma coisa quando estou assistindo à TV ou falando ao telefone – disse.
Na Lagoa, onde há dois outros helipontos de grande movimentação, a reclamação é quanto ao horário em que são feitos os pousos e decolagens, inclusive na base da Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas (Caoa), vinculada a Coordenadoria Militar do Gabinete Civil, do governo do estado.
– Os associados contam que aeronaves voam depois das 22h. É um desrespeito ao descanso das pessoas – critica Ana Maria Campitelli Simas, presidente da Associação de Moradores da Fonte da Saudade e Adjacências (Amofonte).
Para a presidenta da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (Amab), Regina Chiaradia, além dos voos panorâmicos, o problema do barulho dos helicopteros é agravado em dia de eventos na Enseada de Botafogo ou no Aterro do Flamengo.
– A associação recebe muitas reclamações, principalmente em dias de shows musicais ou atos religiosos, quando o ruído dos helicopteros que sobrevoam a multidão para filmá-la supera o da parafernália de som. É extremamente barulhento, sem falar no risco de queda de uma dessas aeronaves sobre o público – alerta.
A Secretaria estadual do Ambiente, órgão incumbido de fiscalizar a poluição sonora no Rio de Janeiro, informou que só age mediante reclamações formais.
No verão, Urca pode receber cem voos por dia
O maior transtorno para os moradores de áreas com grande fluxo de helicópteros ocorre no verão, época em que pode haver até cem decolagens por dia apenas no heliponto do Morro da Urca. Na Lagoa, o movimento cresce no mesmo período do ano por conta de empresários que viajam para casas de praia ou de campo em aeronaves.
Na base da Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas, que também fica às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, de onde partem as aeronaves do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, e das polícias, a coordenadoria Militar do Gabinente Civil do Governo estadual, responsável pela área, informou que os voos são feitos de acordo com as demandas dos órgãos, inclusive no horário noturno.
Questionado sobre o tamanho do tráfego de helicópteros, Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), responsável por autorizar a saída de cada helicoptero que decola na cidade, não informou quantos voos diários, em média, são feitos no Rio.
Fonte: Caio de Menezes (Jornal do Brasil) - Foto: Alexandre L. Rosa (panoramio.com)
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