sexta-feira, 23 de abril de 2010

Se a erupção do vulcão islandês alterou seus planos, saiba como remarcar viagem à Europa

O caos nos aeroportos da Europa depois da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, que semana passada começou a jogar cinzas na atmosfera, interrompendo o tráfego aéreo no continente, obrigou as companhias aéreas a adequarem suas políticas de remarcações e cancelamentos de bilhetes. Amargando prejuízos diários de dezenas de milhões de euros, as empresas estão adotando procedimentos distintos em relação aos passageiros prejudicados. Quem tem viagem marcada para a Europa nos próximos dias precisa decidir o que fazer. Apesar de a expectativa ser de melhora nas condições climáticas, ainda há o risco de novos problemas continuarem atrapalhando os planos de voo.

A falta de informação é o maior problema para quem está com viagem marcada, por isso as empresas aéreas estão orientando seus passageiros a entrar em contato com suas centrais de informações antes de se dirigir ao aeroporto. Para ajudar o viajante a se orientar nesta confusão, o Boa Viagem ouviu algumas companhias aéreas que voam do Brasil para a Europa e as maiores operadoras do país.

Comprei uma passagem aérea para a Europa não reembolsável. Se eu desistir da viagem, recebo o dinheiro de volta?

Depende da companhia aérea. De acordo com o call center da TAM, quem estiver com bilhete de voo para algum aeroporto que já foi reaberto precisa pagar taxa para remarcar ou cancelar, em uma loja da empresa. Já as empresas europeias estão sendo mais tolerantes. A British Airways, por exemplo, informa que não está cobrando remarcação e quem quiser cancelar o seu voo pode ser reembolsado.

Como pedir reembolso?

A Swiss Air criou um hotsite (www.swiss.com/refund) para facilitar os pedidos de reembolso de passagens aéreas. Já a holandesa KLM diz que se o seu voo foi cancelado ou atrasado em mais de cinco horas, você tem direito ao reembolso total - que pode ser pedido entrando em contato com o call center da empresa ou com o agente de viagem, caso ele tenha efetuado a venda (mesmo procedimento sugerido por outras companhias, como a Alitalia, por exemplo).

Posso remarcar o voo para a Europa sem pagar multa? E posso trocar o destino por outro?

Quem teve o voo cancelado e ainda quiser viajar pode remarcar o bilhete, desde que o itinerário seja igual (os mesmos aeroportos de partida e de chegada) e que haja lugares disponíveis. Mas quem quiser trocar a passagem para outro destino terá que pagar a remarcação (embora as companhias estejam sinalizando que os casos podem ser avaliados individualmente). Já os que desejarem ter o reembolso do valor pago devem procurar as companhias o quanto antes, porque elas estão estipulando datas limites para as trocas - na Iberia, por exemplo, esses pedidos devem ser feitos até o fim do mês. Na British Airways, o valor será restituído da mesma maneira como que foi pago.

Comprei um pacote com uma operadora e não quero viajar agora. O que fazer?

As operadoras pedem cautela antes de cancelar ou mesmo remarcar qualquer viagem para a Europa. De acordo com Pedro Javier, proprietário da Século XXI, especializada no destino, quem deve oficializar algum cancelamento ou remarcação deve ser a própria empresa.

- Se partir do cliente, é ele quem paga as taxas pelo cancelamento ou a remarcação. Por isso, estamos pedindo para nossos clientes aguardarem mais informações, e serem pacientes - explica.

Pretendo viajar em maio. Mantenho meus planos?

Segundo Pedro Javier, por precaução, o ideal é esperar os próximo 15 dias antes de comprar o bilhete. Vera Mesquita, gerente do departamento internacional da Shangri-lá, diz que quem está com passagem marcada para maio não precisa se preocupar:

- A não ser que a pessoa queira cancelar ou remarcar, estamos mantendo as viagens normalmente. Para quem ainda não comprou, no entanto, estamos pedindo para aguardar um pouco mais.

Valnéia Oliveira, gerente de produtos da Bessitur, afirma, no entanto, que o problema será conseguir lugar.

- Como os voos estão voltando aos poucos, os passageiros que foram prejudicados estão com prioridade para embarcar - explica.

Fonte: Boa Viagem (O Globo)

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