A Embraer anunciou a fornecedores uma redução de 23% nos planos de produção para 2010, que toma como base os níveis de setembro deste ano. A empresa já havia anunciado uma queda de 41% em relação ao mesmo período de 2008, quando teve início a crise econômica mundial. O comunicado foi feito na semana passada, durante encontro anual com fornecedores, nas instalações da empresa, em São José dos Campos, e contrasta com as previsões de retomada firme das taxas de crescimento da economia brasileira no próximo ano. Consultada, a Embraer não comentou o assunto.
"Saímos dessa reunião em desespero. Estou destinando parte do meu maquinário, antes voltado à fabricação de peças para a Embraer, para o setor de petróleo", afirma um dos fornecedores procurados pelo Valor. Segundo ele, as cerca de 70 empresas que compõem a cadeia de fornecimento da indústria aeronáutica na região de São José dos Campos cortaram para quase a metade o quadro de funcionários de novembro de 2008. A queda nas encomendas da Embraer deixou empresas endividadas, pois muitas investiram na compra de máquinas para atender aos crescentes pedidos da fabricante antes da crise. "Agora não temos como pagar e os fabricantes de máquinas já não querem mais negociar".
Orientadas pela própria Embraer e por entidades do setor aeroespacial, várias empresas aeronáuticas estão buscando alternativas para enfrentar o período de crise - a diversificação de atividades tem sido uma das opções. "Hoje, somente 20% do meu faturamento vem da Embraer. Ampliei a carteira de clientes para o setor de defesa e para o mercado externo", disse outro fornecedor aeronáutico.
Em entrevista na quarta-feira passada, o presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que 2010 será um ano tão ou mais difícil que 2009 para o setor mundialmente, com uma demanda por novas aeronaves ainda bastante baixa, devido à crise econômica. No fim de outubro, durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a Embraer previu uma queda de 10% na receita líquida de 2010, em relação aos US$ 5,5 bilhões previstos para 2009. "O mercado ainda continua deprimido e as companhias aéreas estão perdendo dinheiro este ano e vão perder no ano que vem. Os sinais de recuperação no exterior são relativamente frágeis", afirmou Curado.
Fonte: Virgínia Silveira (Valor Online)
"Saímos dessa reunião em desespero. Estou destinando parte do meu maquinário, antes voltado à fabricação de peças para a Embraer, para o setor de petróleo", afirma um dos fornecedores procurados pelo Valor. Segundo ele, as cerca de 70 empresas que compõem a cadeia de fornecimento da indústria aeronáutica na região de São José dos Campos cortaram para quase a metade o quadro de funcionários de novembro de 2008. A queda nas encomendas da Embraer deixou empresas endividadas, pois muitas investiram na compra de máquinas para atender aos crescentes pedidos da fabricante antes da crise. "Agora não temos como pagar e os fabricantes de máquinas já não querem mais negociar".
Orientadas pela própria Embraer e por entidades do setor aeroespacial, várias empresas aeronáuticas estão buscando alternativas para enfrentar o período de crise - a diversificação de atividades tem sido uma das opções. "Hoje, somente 20% do meu faturamento vem da Embraer. Ampliei a carteira de clientes para o setor de defesa e para o mercado externo", disse outro fornecedor aeronáutico.
Em entrevista na quarta-feira passada, o presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que 2010 será um ano tão ou mais difícil que 2009 para o setor mundialmente, com uma demanda por novas aeronaves ainda bastante baixa, devido à crise econômica. No fim de outubro, durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, a Embraer previu uma queda de 10% na receita líquida de 2010, em relação aos US$ 5,5 bilhões previstos para 2009. "O mercado ainda continua deprimido e as companhias aéreas estão perdendo dinheiro este ano e vão perder no ano que vem. Os sinais de recuperação no exterior são relativamente frágeis", afirmou Curado.
Fonte: Virgínia Silveira (Valor Online)
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