A operação consiste em uma reorganização da malha aérea, aumento do número de funcionários da Infraero nos aeroportos para dar informações aos passageiros, maior contato entre as autoridades e as companhias aéreas para que haja monitoramento fino dos horários dos pousos e decolagens e compromisso das empresas aéreas de que haverá aviões disponíveis em caso de emergências.
Nicácio Silva evitou revelar sua opinião sobre a privatização isolada de aeroportos da rede Infraero. "Nessa interinidade, meu objetivo é gerir a Infraero da melhor maneira possível, mostrando que ela é uma das melhores empresas do ramo do mundo. A decisão quanto ao modelo de gestão dessa infra-estrutura aeroportuária eu deixo para as autoridades responsáveis, que são o Ministério da Defesa e a Presidência da República", afirmou o novo presidente da estatal em entrevista coletiva após tomar posse no cargo. E completou: "Eu não pretendo de forma nenhuma alimentar polêmicas sobre o assunto".
Na solenidade de transmissão de cargo, o presidente demissionário da Infraero, Sérgio Gaudenzi, deixou claro em seu discurso que optou por se demitir do cargo por não concordar com a decisão do governo federal de caminhar para a concessão à iniciativa privada dos aeroportos mais rentáveis do País. Os primeiros na fila que podem ser privatizados são os aeroportos do Galeão (RJ) e Viracopos, em Campinas (SP). O brigadeiro Cleonilson Nicácio Silva era diretor de Operações da Infraero desde agosto do ano passado, quando Gaudenzi assumiu a presidência. Ele é militar da Aeronáutica ainda da ativa e, para assumir o posto na estatal, pediu afastamento temporário de dois anos. O prazo da licença vencerá em julho de 2009.
Fonte: Agência Estado