quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Velho? Avião que caiu em SP tinha 44 anos. Qual a validade de uma aeronave?

Avião de pequeno porte que caiu na zona Oeste de São Paulo (Imagem: Reprodução/redes sociais)
O avião que caiu na manhã desta sexta-feira (7) na região central de São Paulo foi fabricado em 1981. Diante de sua idade, de 44 anos, algumas pessoas se questionaram nas redes sociais se ele ainda seria seguro para voar.

Ocorre que a idade de um avião não pesa tanto quanto em outros meios de transporte. Sua idade é, basicamente, pela quantidade de ciclos de voo, que consiste em um pouso e uma decolagem cada.

Manutenção é o que importa


A idade do avião não define sua segurança. O que realmente importa é que sua manutenção esteja em dia.

Um avião de 30 anos de idade, por exemplo, dificilmente terá peças com essa idade. Como em um avião comercial, apenas a estrutura da fuselagem são as originais, praticamente.

Durante a vida de um avião, motores podem ser trocados, assim como instrumentos, interiores, peças que controlam as superfícies, trens de pouso etc. Novas tecnologias trazem benefícios, além de serem mais econômicas no geral.

Assim, um avião antigo é tão seguro para voar quanto um novo. O que realmente importa é estar com a manutenção em dia.

O que define uma troca?


As peças dos aviões precisam ser trocadas de acordo com um determinado padrão. Pneus, por exemplo, costumam durar uma quantidade determinada de pouso.

Outras peças têm de ser trocadas segundo as horas usadas em voo. Já outras, conforme os ciclos de pouso e descolagem do avião.

Alguns aviões comerciais de grande porte podem ter uma vida que chega a 75 mil ciclos de pousos e decolagens, por exemplo. Aviões menores, que tendem a voar menos tempo entre os destinos, são feitos para operar mais ciclos, enquanto aqueles que realizam viagens longas, menos ciclos.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mantém fiscalização sobre os escritórios e empresas para garantir que as manutenções estejam em dia. Caso haja algum problema, as aeronaves podem perder o certificado de aeronavegabilidade, ou seja, não poderão mais voar até que estejam regulamentadas.

Aviões da década de 1930


No Brasil, ao menos três aviões da década de 1930 continuam em situação regular para voar, segundo dados da Anac. São exemplares dos modelos Taylor J-2 Cub, Stinson SR-9FM Reliant e Piper J3 Cub, fabricados em 1936, 1937 e 1938, respectivamente.

Todas essas aeronaves são consideradas especiais, apesar de sua idade.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

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