Força Aérea informou que a fase de coleta de dados da investigação foi encerrada e que agora material está sendo analisado.
Investigadores da Força Aérea durante análise de destroços (Foto: Ciopaer/Divulgação) |
A Aeronáutica informou que liberou os destroços do avião que caiu em janeiro deste ano em Porto Nacional logo após a decolagem. Os restos da aeronave estavam retidos porque o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) ainda está apurando as causas da tragédia. O acidente causou a morte de seis pessoas: o piloto, quatro jogadores do Palmas Futebol e Regatas e também o presidente do clube.
Apesar da liberação, ainda não foi divulgado nenhum relatório sobre quais fatores podem ter contribuído para a queda do avião. A Força Aérea Brasileira informou que a liberação indica apenas que a fase de coleta de dados foi encerrada. Após este momento, segundo a nota da FAB, inicia-se a fase de análise do material e/ou documentos coletados.
Pela legislação, os destroços serão entregues ao explorador da aeronave. No Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião está registrado em nome da construtora Meirelles Mascarenhas Ltda, que tem sede no Pará. Na época da tragédia, o Palmas informou que o avião tinha sido comprado recentemente pelo presidente do clube, Lucas Meira, que morreu no acidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que não recebeu pedidos para a transferência do avião. Desde a época do acidente o G1 tenta localizar a construtora Meirelles Mascarenhas Ltda para comentar o caso, sem sucesso.
A investigação não tem prazo para terminar. A Aeronáutica explicou que o objetivo da apuração é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. Segundo a nota, a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes.
A tragédia
A queda do avião foi logo após a decolagem no dia 24 de janeiro da pista da Associação Tocantinense de Aviação, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. Os relatos das testemunhas indicam que o choque com o solo foi segundos após a tentativa de levantar voo e que logo em seguida houve duas explosões.
Avião caiu e matou parte da equipe do Palmas Futebol e Regatas (Foto: Bombeiros/Divulgação) |
O avião levaria os jogadores e o dirigente do Palmas para Goiânia. A equipe enfrentaria o Vila Nova, pela Copa Verde.
Morreram na tragédia o piloto Wagner Machado Júnior, que tinha mais de 30 anos de experiência em aviação, o presidente do Palmas, Lucas Meira e quatro atletas do time: o goleiro Ranule, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o zagueiro Noé e o atacante Marcus Molinari.
Os jogadores viajavam no voo particular porque haviam acabado de se recuperar da Covid-19 e ainda não podiam viajar em voos comerciais. O período de isolamento deles terminava no dia da queda do avião.
Por João Guilherme Lobasz, G1 Tocantins
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