sexta-feira, 25 de junho de 2010

Greves na Europa penalizam TAP e obrigam ao cancelamento de voos

A TAP foi ontem obrigada a cancelar oito voos e a enfrentar atrasos devido à greve geral da função pública em França. Hoje prevê-se que a operação da transportadora portuguesa no país regresse à normalidade.

O problema é que a vizinha Itália também vai paralisar, o que significa que os impactos da contestação que está a acontecer por toda a Europa não deverão ficar por aqui.

Ao longo do dia de ontem, a companhia de aviação registou atrasos nos voos e oito cancelamentos. Um deles já estava previsto, na sequência dos apelos das autoridades francesas para que a operação aérea fosse reduzida 15 por cento por causa da greve. Os restantes sete foram suspensos por causa dos "constrangimentos ao nível do controlo do tráfego", que resultou na perda do espaço reservado à TAP para voar, explicou fonte oficial.

A paralisação dos trabalhadores da função pública franceses, que protestaram contra o aumento da idade da reforma anunciado pelo Governo, terminou às 5h de hoje, o que significa que a TAP poderá ter sido obrigada a cancelar "pelo menos mais um voo durante a madrugada", referiu a empresa, acrescentando que hoje "a operação vai estar regularizada".

No entanto, apesar de os problemas em França estarem resolvidos, a transportadora aérea ainda terá de enfrentar a paralisação agendada para hoje, em Itália. O maior sindicato italiano, o CGIL, vai iniciar uma greve nacional contra o plano de austeridade do Governo, que inclui medidas de congelamento salarial.

UE e EUA partilham os céus

A Europa também está a protagonizar novos desenvolvimentos na relação aérea com os Estados Unidos. Ontem, Bruxelas assinou a segunda fase do acordo de Céu Aberto com o secretário de Estado dos Transportes norte-americano. Neste caso, a TAP diz que "não está previsto qualquer impacto", apesar de o protocolo alterar as regras do jogo transatlântico.

O acordo facilita a entrada de empresas europeias nos Estados Unidos, quer por opção comercial, quer por compra de participações nas suas congéneres, que vão deixar de estar limitadas a um máximo de 25 por cento do capital. A Comissão Europeia estima que resulte em benefícios económicos de 12 mil milhões de euros e na criação de 80.000 novos postos de trabalho.

Fonte: Raquel Almeida Correia (Público.pt)

Nenhum comentário: