O estudante Fábio Teixeira (foto) venceu um concurso de inovação tecnológica e ganhou o passe para estudar dez semanas na Singularity University
‘O trânsito segue carregado rumo à Nasa. O caminho mais indicado é a inovação’. Uma frase deste tipo poderia ser usada para resumir o que aconteceu com Fábio Teixeira, 30 anos, formado em Tecnologia de Desenvolvimento de Software na Fiap (Faculdade de Tecnologia da Informação, em São Paulo). O congestionamento paulistano é o que vai levar Teixeira para estudar na Singularity University (SU), universidade californiana apadrinhada pelo Google e dentro do campus da Nasa.
A SU nasceu em fevereiro de 2009 e, desde março, tem uma parceria com a Fiap. A universidade brasileira promoveu um concurso e perguntou para os participantes: “Qual é sua proposta de inovação tecnológica que pode transformar e trazer valor agregado à vida de pelo menos um milhão brasileiros nos próximos quatro anos?”. Teixeira venceu o desafio com o projeto do Wikitrânsito e ganhou o direito de ir estudar por dez semanas na SU. “Hoje temos um problema que é a coleta dos dados referentes ao trânsito. Enquanto a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) monitora cerca de 800 km em São Paulo, outras fontes, como rádios, monitoram outros espaços. Com um projeto colaborativo, a área geográfica acaba sendo maior”, diz Teixeira.
Por isto, o projeto desenvolvido por ele e mais quatro amigos prevê que todas as informações de diversas fontes sejam colhidas em um único espaço. Além de entidades oficiais de medição de trânsito e rádios especializadas no assunto, os próprios moradores da cidade poderiam participar, sugerindo rotas alternativas. Pelo projeto do Wikitrânsito, estes dados copilados poderão ser exibidos no formato de site ou até de aplicativo para celulares.
O projeto também monitora o transporte público. Por meio de dados coletados via GPS, o sistema propõe a possibilidade de determinar até em que horário um ônibus deve chegar a um certo ponto. “Com este tipo de informação direto na mão do usuário, é possível que ele utilize seu tempo para outras coisas em vez de esperar no ponto, por exemplo. Já que a ideia é mudar a vida de pelo menos um milhão de brasileiros, o sistema não favorece só quem dirige, mas todos que dependem do trânsito”, diz o aluno.
O projeto de Teixeira concorreu com outras 229 propostas. Destas, seis foram enviadas para a fase final (três indicadas pelos alunos e três indicadas pelo corpo docente da faculdade). Além do Wikitrânsito, outros três projetos finalistas tratavam de soluções para o congestionamento em áreas urbanas.
No curso de Fábio, estarão outros 79 participantes do mundo todo selecionados pela SU. Teixeira brinca que todos os alunos que chegam na universidade recebem o apelido de sleepless (pessoas que não dormem), já que o dia inteiro promete diversas atividades. Para isto, a ansiedade já está deixando o aluno preparado. “Eu tento dormir e não consigo. A viagem está perto, mas ao mesmo tempo, parece estar tão longe”, diz. As aulas só começam em 19 de junho.
E se já é um desafio inventar uma inovação que mude a vida de um milhão de pessoas, Fábio e seus companheiros de classe na SU terão um desafio literalmente maior no final do curso: criar um projeto que mude a vida de, pelo menos, um bilhão de pessoas.
Fonte: Lilian Sobral (Revista Época) - Foto: Fiap
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Transporte elétrico e portátil promete ser solução para trânsito.
‘O trânsito segue carregado rumo à Nasa. O caminho mais indicado é a inovação’. Uma frase deste tipo poderia ser usada para resumir o que aconteceu com Fábio Teixeira, 30 anos, formado em Tecnologia de Desenvolvimento de Software na Fiap (Faculdade de Tecnologia da Informação, em São Paulo). O congestionamento paulistano é o que vai levar Teixeira para estudar na Singularity University (SU), universidade californiana apadrinhada pelo Google e dentro do campus da Nasa.
A SU nasceu em fevereiro de 2009 e, desde março, tem uma parceria com a Fiap. A universidade brasileira promoveu um concurso e perguntou para os participantes: “Qual é sua proposta de inovação tecnológica que pode transformar e trazer valor agregado à vida de pelo menos um milhão brasileiros nos próximos quatro anos?”. Teixeira venceu o desafio com o projeto do Wikitrânsito e ganhou o direito de ir estudar por dez semanas na SU. “Hoje temos um problema que é a coleta dos dados referentes ao trânsito. Enquanto a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) monitora cerca de 800 km em São Paulo, outras fontes, como rádios, monitoram outros espaços. Com um projeto colaborativo, a área geográfica acaba sendo maior”, diz Teixeira.
Por isto, o projeto desenvolvido por ele e mais quatro amigos prevê que todas as informações de diversas fontes sejam colhidas em um único espaço. Além de entidades oficiais de medição de trânsito e rádios especializadas no assunto, os próprios moradores da cidade poderiam participar, sugerindo rotas alternativas. Pelo projeto do Wikitrânsito, estes dados copilados poderão ser exibidos no formato de site ou até de aplicativo para celulares.
O projeto também monitora o transporte público. Por meio de dados coletados via GPS, o sistema propõe a possibilidade de determinar até em que horário um ônibus deve chegar a um certo ponto. “Com este tipo de informação direto na mão do usuário, é possível que ele utilize seu tempo para outras coisas em vez de esperar no ponto, por exemplo. Já que a ideia é mudar a vida de pelo menos um milhão de brasileiros, o sistema não favorece só quem dirige, mas todos que dependem do trânsito”, diz o aluno.
O projeto de Teixeira concorreu com outras 229 propostas. Destas, seis foram enviadas para a fase final (três indicadas pelos alunos e três indicadas pelo corpo docente da faculdade). Além do Wikitrânsito, outros três projetos finalistas tratavam de soluções para o congestionamento em áreas urbanas.
No curso de Fábio, estarão outros 79 participantes do mundo todo selecionados pela SU. Teixeira brinca que todos os alunos que chegam na universidade recebem o apelido de sleepless (pessoas que não dormem), já que o dia inteiro promete diversas atividades. Para isto, a ansiedade já está deixando o aluno preparado. “Eu tento dormir e não consigo. A viagem está perto, mas ao mesmo tempo, parece estar tão longe”, diz. As aulas só começam em 19 de junho.
E se já é um desafio inventar uma inovação que mude a vida de um milhão de pessoas, Fábio e seus companheiros de classe na SU terão um desafio literalmente maior no final do curso: criar um projeto que mude a vida de, pelo menos, um bilhão de pessoas.
Fonte: Lilian Sobral (Revista Época) - Foto: Fiap
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