É muito desconhecida a guerra que os EUA levaram ao Paquistão e a barbárie que a acompanha. Alí, “nas áreas tribais, os drones – aviões-robô armados não tripulados – dominam tudo. Mês passado, só numa noite, mataram 14 homens em Datta Khel, no norte do Waziristão. Os drones voam em grupo, e quatro ou cinco deles sobrevoaram a vila; cada um deles lançou um míssil contra um caminhão; que foi partido ao meio e seus seis homens despedaçados" conta Robert Fisk, no jornal britânico The Independent.
O Paquistão é uma emboscada. O calor do meio-dia também embosca quem viva em Peshawar, capital da Província Fronteira Noroeste. Desfiladeiros de fumaça sobem, cinzentos, das altas muralhas da fortaleza de Bala Hisar. “Quartel-general da Força de Fronteira”, lê-se sobre o portal da entrada. Percebo o velho canhão britânico sobre a colina – e as novíssimas máquinas de artilharia antiaérea por trás dele, canos abaixados, mira sobre nós, qualquer um que chegue a essa vasta metrópole da dor. Há soldados em todas as esquinas, cinturões de munição ao ombro, metralhadoras sobre tripés por trás de pilhas de sacos de areia, a mira dos AK-47s apontando impessoalmente entre os riquixás, caminhões de lixo e ônibus com homens pendurados por todos os lados. Há barbas que chegam à cintura. Os soldados também têm barbas, mas mais curtas.
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Fonte: Portal Vermelho - Foto: pbs.org
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sexta-feira, 16 de abril de 2010
A barbárie que segue o ataque dos EUA ao Paquistão
Por: Robert Fisk
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