Brasil e Israel informaram nesta terça-feira que negociam um acordo de cooperação na área de Defesa e se comprometeram a combater o terrorismo, dias antes de o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, visitar o país.
A declaração foi feita durante encontro entre o presidente de Israel, Shimon Peres, e o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. A imprensa teve acesso a parte da reunião, primeiro compromisso de Peres em sua visita ao Brasil.
Em sua conversa com Peres, Jobim citou as negociações bilaterais, mas não forneceu detalhes e disse que os dois países também conversam sobre os termos de confidencialidade do assunto.
"O acordo está com o Ministério das Relações Exteriores. Eu vou desenvolver estudos e quero ver se já no ano que vem nós podemos assinar", afirmou Jobim em entrevista coletiva após a reunião. O ministro manteve o sigilo das áreas que o acordo abarcará.
"Em todas as trocas e colaborações de Defesa você tem como elemento fundamental a confidencialidade ... Ou seja: você não poder partilhar informações com terceiros", acrescentou.
O ministro, no entanto, revelou o interesse brasileiro no desenvolvimento de sistemas de eletrônica aplicada à aviação em parceria com empresas israelenses.
"Temos todo o interesse nisso de fazer um entendimento com Israel... o que o Brasil quer é chegar ao teto tecnológico", disse, acrescentando que haveria disposição por parte de Israel em desenvolver produtos em conjunto com o país.
Perguntado se Israel ajudaria o Brasil na segurança da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, Jobim afirmou que examinará o assunto. "Está tudo em aberto."
IRÃ
O ministro da Defesa e o presidente israelense também conversaram sobre terrorismo.
"Exércitos tinham leis, uniformes e fronteiras. Hoje, as distâncias são menores. O terrorismo pode aparecer de diversas maneiras", afirmou Peres. "Estamos abertos e estamos esperançosos."
Jobim, por sua vez, destacou o crescimento da importância do Brasil no cenário internacional e disse que o país exerce um papel de moderação na América do Sul. Ele entregou ao presidente israelense cópia da nova estratégia de defesa nacional, a qual inclui medidas para combater ameaças terroristas.
"O mundo não é mais um mundo de conflitos convencionais. O mundo é um mundo de conflitos irregulares", comentou o ministro.
"Podemos caminhar juntos no sentido de buscarmos uma visão nova do mundo que possa conduzir à paz."
Perguntado por jornalistas ao sair da reunião se havia tratado com Peres da visita de Ahmadinejad ao país, Jobim negou.
"Esse não é assunto que cabe conversar... O Brasil fala com todo o mundo, nós falamos com todo o mundo, ou seja, ninguém vai dizer ao Brasil com quem o Brasil deve falar. O Brasil fala com aquele que o Brasil entende que deva falar", ressaltou o ministro aos repórteres.
Fonte: Fernando Exman (Reuters/Brasil Online) via O Globo
A declaração foi feita durante encontro entre o presidente de Israel, Shimon Peres, e o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. A imprensa teve acesso a parte da reunião, primeiro compromisso de Peres em sua visita ao Brasil.
Em sua conversa com Peres, Jobim citou as negociações bilaterais, mas não forneceu detalhes e disse que os dois países também conversam sobre os termos de confidencialidade do assunto.
"O acordo está com o Ministério das Relações Exteriores. Eu vou desenvolver estudos e quero ver se já no ano que vem nós podemos assinar", afirmou Jobim em entrevista coletiva após a reunião. O ministro manteve o sigilo das áreas que o acordo abarcará.
"Em todas as trocas e colaborações de Defesa você tem como elemento fundamental a confidencialidade ... Ou seja: você não poder partilhar informações com terceiros", acrescentou.
O ministro, no entanto, revelou o interesse brasileiro no desenvolvimento de sistemas de eletrônica aplicada à aviação em parceria com empresas israelenses.
"Temos todo o interesse nisso de fazer um entendimento com Israel... o que o Brasil quer é chegar ao teto tecnológico", disse, acrescentando que haveria disposição por parte de Israel em desenvolver produtos em conjunto com o país.
Perguntado se Israel ajudaria o Brasil na segurança da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, Jobim afirmou que examinará o assunto. "Está tudo em aberto."
IRÃ
O ministro da Defesa e o presidente israelense também conversaram sobre terrorismo.
"Exércitos tinham leis, uniformes e fronteiras. Hoje, as distâncias são menores. O terrorismo pode aparecer de diversas maneiras", afirmou Peres. "Estamos abertos e estamos esperançosos."
Jobim, por sua vez, destacou o crescimento da importância do Brasil no cenário internacional e disse que o país exerce um papel de moderação na América do Sul. Ele entregou ao presidente israelense cópia da nova estratégia de defesa nacional, a qual inclui medidas para combater ameaças terroristas.
"O mundo não é mais um mundo de conflitos convencionais. O mundo é um mundo de conflitos irregulares", comentou o ministro.
"Podemos caminhar juntos no sentido de buscarmos uma visão nova do mundo que possa conduzir à paz."
Perguntado por jornalistas ao sair da reunião se havia tratado com Peres da visita de Ahmadinejad ao país, Jobim negou.
"Esse não é assunto que cabe conversar... O Brasil fala com todo o mundo, nós falamos com todo o mundo, ou seja, ninguém vai dizer ao Brasil com quem o Brasil deve falar. O Brasil fala com aquele que o Brasil entende que deva falar", ressaltou o ministro aos repórteres.
Fonte: Fernando Exman (Reuters/Brasil Online) via O Globo
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