sábado, 17 de outubro de 2009

Diante de outras obras, terceira pista do Aeroporto Afonso Pena é esquecida

A implantação de uma nova pista no aeroporto é deixada para depois, mesmo com uma área já disponível para isso. Não há previsão para que as obras neste sentido sejam iniciadas. De acordo com a Infraero, são necessários novo projeto, estudos de impacto ambiental e investimento estimado em R$ 132 mi­­lhões. O superintendente do aeroporto, Anto­­nio Pallu, considera que não há demanda para uma obra deste porte. “Os estudos que temos indicam que a pista atual ainda tem capacidade para o nível de operações.”

Contudo, o empresário Valmor Weiss, vice-presidente do Sin­­dicato das Empresas de Transporte de Carga, rebate essa afirmação. “Há demanda sim. Eles não computam a carga que sai de caminhão. Querem discutir a pista para depois de 2017. Há falta de discurso político”, dispara.

A construção de uma terceira pista no Afonso Pena seria importante para o transporte de cargas e para o desenvolvimento industrial do Paraná, segundo Weiss. “O escoamento de cargas deixaria de sair pelas estradas e sairia pelo aeroporto”, considera o empresário. Hoje, a pista do Afonso Pena não permite que grandes aviões de carga, como o Boeing 747, pousem e decolem com sua capacidade máxima de carga e com o tanque cheio de combustível. Mesmo assim, o aeroporto ocupa a quinta colocação no ranking da Infraero em transporte de cargas. “O pessoal está com foco só na Copa do Mundo. Não estão falando em nenhum momento em uma nova pista. Isso é um crime para o Paraná”, conclui Weiss.

Outras obras

Além das obras previstas para o estacionamento e para o terminal de passageiros do Aeroporto Afonso Pena, a Infraero planeja investir mais R$ 42,72 milhões na ampliação do pátio de estacionamento das aeronaves e do terminal de cargas, instalação de mais um equipamento de voo e me­­lhoramento dos hangares de aviação executiva. “Já temos apontados investimentos para o crescimento do aeroporto para atender as demandas de passageiros, aeronaves e cargas”, afirma Pallu.

Hoje, o aeroporto comporta 14 aviões estacionados e tem seis pontes de embarque. Com as obras, o pátio comportará 21 ae­­ronaves. Já o terminal de cargas terá seu espaço aumentado em 5 mil metros quadrados. As duas obras são financiadas pelo Pro­­grama de Aceleração do Cres­­cimento (PAC) e devem ser concluídas até o fim de 2011. “A am­­pliação do pátio é fundamental para o sistema operacional. Com isso poderemos receber mais voos”, justifica Pallu.

Para o ano que vem, a superintendência do aeroporto ainda prevê a instalação de mais um equipamento ILS categoria 2 na principal pista do terminal. A cabeceira principal da pista já tem um instrumento semelhante instalado; agora será a vez de a cabeceira oposta receber o equipamento. “Este instrumento deve auxiliar operações de pouso e decolagem em condições adversas de tempo também na cabeceira oposta. Isso é uma melhoria do sistema”, explica o superintendente. Pallu ainda lembra que as aeronaves também precisam estar equipadas com o instrumento e a tripulação, preparada para usá-lo. “Fala-se em categoria 3, mas hoje as empresas não estão preparadas para isso. Estão se preparando para a categoria 2”, justifica. O ILS 3 permitiria pousos e decolagens em qualquer condição de tempo.

Fonte: Gazeta do Povo

Um comentário:

Unknown disse...

esse povo é mtoo burro, eles querem esperar o aeroporto estar no limite de operacoes para pensar em fazer alguma coisa, porisso que muitas vezes o pais nao "vai pra frente" por que os nossos dirigentes muito "ignorantes" preferem sair distribuindo sextas basicas para o povo, pois isso ira gerar mais votos nas proximas eleicoes do que fazer uma melhoria que traria um aumento economico nao so para a cidade quanto para o estado.