sexta-feira, 1 de maio de 2009

Embraer não programa novas demissões, diz executivo

A Embraer não programa novas demissões no momento, afirmou hoje o vice-presidente executivo financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar. Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre da empresa, o executivo detalhou que a operação resultou em custos de US$ 50 milhões para a fabricante brasileira de aeronaves, em sua maioria, já contabilizadas no resultado dos três primeiros meses deste ano.

O executivo reiterou hoje a previsão da empresa de entregar 242 aeronaves em 2009, das quais 115 jatos comerciais, 17 jatos modelo Legacy 600 e Lineage 1000, além de outros 100 da família Phenom.

Segundo ele, também está mantida a previsão de alcançar receita de US$ 5,5 bilhões. Desse total, US$ 3,3 bilhões serão referentes ao segmento de aviação comercial, US$ 800 milhões com a área de jatos executivos, US$ 600 milhões com o setor de defesa e governo e outros US$ 800 milhões com a área de serviços aeronáuticos.

Ainda de acordo com Aguiar, a forte onda de cancelamentos e adiamentos de pedidos registrada no primeiro trimestre de 2009 não deve se repetir no atual trimestre. Para ele, o momento mais crítico para a empresa já passou. "A concentração de cancelamentos e adiamentos ocorreu em janeiro e fevereiro (deste ano), quando tivemos de fazer o ajuste no nosso quadro de pessoal", afirmou. O executivo ressaltou que a empresa não tem registrado novos pedidos de cancelamentos ou adiamentos.

Financiamento

Aguiar afirmou também que a empresa não pretende financiar diretamente nenhum cliente neste segundo trimestre, a exemplo do que fez nos primeiros três meses deste ano, quando desembolsou R$ 248 milhões para esse tipo de operação. "Não planejamos utilizar caixa da empresa para financiar clientes neste segundo trimestre", afirmou.

O executivo ressaltou que a empresa está trabalhando para buscar financiamentos para seus clientes e que já tem apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aguiar reiterou que a expectativa da empresa é de que uma parcela entre 25% e 29% das entregas de jatos comerciais previstas para este ano seja financiada pelo banco de fomento brasileiro. "Temos vários clientes que já utilizam financiamento do BNDES, como a Republic, JetBlue e a brasileira Azul."

Gripe suína

O vice-presidente executivo financeiro e de Relações com Investidores da Embraer disse também que ainda é cedo para medir os impactos da gripe suína para os negócios da empresa, mas admitiu que o setor poderá ter algum efeito negativo.

O executivo observou que a aviação regional, nicho em que a empresa atua, deverá ser menos afetada que a aviação de longo curso, o que implica em impacto menor para a companhia. "Mas não temos como medir ainda."

Fonte: Beth Moreira (Agência Estado)

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