sábado, 18 de abril de 2009

Acidente simulado acontece no Afonso Pena

Evento contou com 80 voluntários, equipes do SAMU, SIATE e 40 “vítimas”

Um acidente é um acidente. Nunca se espera que ele aconteça, ainda mais se tratando de um acidente de avião, onde as chances de sobrevivência são pequenas. Para isso em todos os aeroportos do mundo, pelo menos nos que operam comercialmente, é necessário à existência de um plano de emergência para essas situações eventuais. No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, foi realizado na tarde desta sexta-feira (17), a simulação de um acidente aéreo com 40 vítimas, evento que acontece anualmente seguindo a norma do Plano de Emergência do Aeroporto (PLEM), requisito das agências internacionais de aviação civil.

A simulação serve para treinar equipes de resgate de emergência do SAMU e do SIATE de São José dos Pinhais, e também integrantes do Corpo de Voluntários de Emergência recrutados pela Infraero entre os trabalhadores do aeroporto. “Estas serão as pessoas mais próximas de um eventual acidente nos arredores do aeroporto, portanto, são os grupos que devem estar prontos para uma situação extrema”, explicou João Agostinho Dalgute, gerente de segurança da Infraero no Aeroporto Afonso Pena.

O exercício, que aconteceu numa área próxima ao aeroporto, começou às 14h e foi iniciado com a chegada da brigada de incêndio que em poucos minutos apagou as densas chamas. Logo depois as equipes de resgate chegaram e fizeram a busca das vítimas, em sua maioria estudantes de enfermagem e medicina, que estavam escondidas na vegetação. O primeiro procedimento foi à classificação dos feridos por grau de emergência. Quatro lonas espalhadas pelo campo eram o meio de classificação.

Dez ambulâncias, seis do SAMU, três do SIATE e duas da Infraero, três caminhões de incêndio e um helicóptero (da Polícia Rodoviária Federal) participaram da simulação. Além das equipes do SAMU e SIATE, 80 pessoas do Corpo de Voluntários de Emergência, que participaram do curso de quatro dias para dar auxílio às equipes de resgate. O diretor geral dos hospitais e coordenador de medida de alta complicação de São José dos Pinhais, responsável pelas equipes do SAMU e SIATE, Dr. Eduardo Lourenço, disse que as equipes estão preparadas para este tipo de situação e que “com a estrutura que temos hoje, podemos dar assistência a este tipo de incidente”, afirmou Lourenço.

Enquanto as equipes de resgate faziam os procedimentos, outra equipe, que circulava com um colete preto, a dos avaliadores, observava cada movimento e observava maqueiros, enfermeiros e médicos. Eles estavam ali para averiguar os procedimentos, apontar possíveis erros e aferir se a simulação conseguiria atingir os parâmetros estipulados pelo PLEM. “O exercício foi satisfatório. Conseguimos atender todas as vítimas dentro do prazo e lidamos bem com a tensão deste tipo de situação, mesmo sendo uma simulação, pudemos avaliar bem o preparo de nossas equipes”, afirmou o enfermeiro Rafael Antônio Gabriel do SAMU de São José dos Pinhais, um dos avaliadores da simulação.

As voluntárias Evylin Guiotto, 21 anos, e Andréia das Chagas, 26 anos, que trabalham como agentes de proteção no Aeroporto Afonso Pena deram duro carregando macas e atendendo os “feridos” durante uma hora sem parar. “Decidimos participar do curso e da simulação para estarmos preparadas não somente em casos de acidente, mas também para auxiliar em situações deste nível no nosso dia-dia”, afirmaram as voluntárias. Estiveram presentes na simulação, além das equipes de resgate e voluntários, soldados da Polícia da Aeronáutica fazendo a segurança do local, policiais militares e alunos de dois cursos de comissário de bordo.


Fonte: Jornale - Fotos: Rodrigo Pinto

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