Para Castro, decisões do TJ-SP 'engessaram' recuperação da Vasp.
Falência foi decretada pelo tribunal na última quinta-feira (4).
O gestor da recuperação da Viação Aérea São Paulo (Vasp), Roberto de Castro, disse que vai recorrer da determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que anunciou o decreto de falência da Vasp nesta segunda-feira (8). “Temos de recorrer no tribunal em São Paulo ainda e eventualmente na esfera federal”, disse Castro ao G1 por telefone.
Segundo decisão do juiz Alexandre Alves Lazzarini, o principal argumento favorável ao decreto de falência da Vasp é o de que a companhia não conseguiu implementar seu plano de recuperação judicial, iniciado em julho de 2006.
De acordo com Castro, que é um dos três interventores que foram nomeados gestores da empresa em assembléia de credores em 2006, foram as decisões do próprio TJ-SP que “engessaram” a implementação do plano de recuperação judicial da companhia, que previa a venda de alguns ativos da Vasp para sanar as dívidas da empresa.
“O plano de recuperação previa alienação de ativos, preparamos tudo até um ano atrás, estava tudo pronto para vender os ativos para atender à falência, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo impediu a alienação de qualquer ativo”, diz. “Ficamos engessados”, afirmou.
O Tribunal de Justiça, procurado pelo G1, não quis se pronunciar sobre as declarações de Castro.
Venda de bens
Segundo Castro, a venda de alguns bens da companhia seria suficiente para pagar as dívidas da companhia, que poderia até voltar a operar vôos. O gestor afirma que, depois do pagamento de todas as dívidas, ainda restaria um patrimônio positivo de R$ 2,5 bilhões.
Entre os ativos que seriam leiloados, segundo Castro, estão sete fundos de recebíveis, mais de cem imóveis que a companhia possui em diversas regiões do país, além de ações favoráveis à companhia, como a que ela venceu contra a União, estimada em R$ 2,8 bilhões.
O gestor disse ainda que, com a falência decretada, um "síndico da falência" deve assumir a responsabilidade sobre a companhia. "Estamos neste momento no intervalo de uma reunião com o liqüidante, conversaremos muito francamente, como é a nossa obrigação, e provavelmente até amanhã estamos fora daqui", disse.
Entenda
A Viação Aérea São Paulo (Vasp) está no mercado há mais de 70 anos, e não voa há mais de três. Com problemas financeiros, a companhia deixou de voar em 2005, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.
Em 2006, foi dado início ao processo de recuperação judicial da empresa. O objetivo era que a empresa vendesse parte de seus ativos e voltasse a operar - entretanto, segundo Castro, algumas liminares impediram que isso fosse feito. Como o processo de recuperação não foi adiante, credores pediram a falência da companhia, que foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Fontes: G1 / Globonews
Falência foi decretada pelo tribunal na última quinta-feira (4).
O gestor da recuperação da Viação Aérea São Paulo (Vasp), Roberto de Castro, disse que vai recorrer da determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que anunciou o decreto de falência da Vasp nesta segunda-feira (8). “Temos de recorrer no tribunal em São Paulo ainda e eventualmente na esfera federal”, disse Castro ao G1 por telefone.
Segundo decisão do juiz Alexandre Alves Lazzarini, o principal argumento favorável ao decreto de falência da Vasp é o de que a companhia não conseguiu implementar seu plano de recuperação judicial, iniciado em julho de 2006.
De acordo com Castro, que é um dos três interventores que foram nomeados gestores da empresa em assembléia de credores em 2006, foram as decisões do próprio TJ-SP que “engessaram” a implementação do plano de recuperação judicial da companhia, que previa a venda de alguns ativos da Vasp para sanar as dívidas da empresa.
“O plano de recuperação previa alienação de ativos, preparamos tudo até um ano atrás, estava tudo pronto para vender os ativos para atender à falência, quando o Tribunal de Justiça de São Paulo impediu a alienação de qualquer ativo”, diz. “Ficamos engessados”, afirmou.
O Tribunal de Justiça, procurado pelo G1, não quis se pronunciar sobre as declarações de Castro.
Venda de bens
Segundo Castro, a venda de alguns bens da companhia seria suficiente para pagar as dívidas da companhia, que poderia até voltar a operar vôos. O gestor afirma que, depois do pagamento de todas as dívidas, ainda restaria um patrimônio positivo de R$ 2,5 bilhões.
Entre os ativos que seriam leiloados, segundo Castro, estão sete fundos de recebíveis, mais de cem imóveis que a companhia possui em diversas regiões do país, além de ações favoráveis à companhia, como a que ela venceu contra a União, estimada em R$ 2,8 bilhões.
O gestor disse ainda que, com a falência decretada, um "síndico da falência" deve assumir a responsabilidade sobre a companhia. "Estamos neste momento no intervalo de uma reunião com o liqüidante, conversaremos muito francamente, como é a nossa obrigação, e provavelmente até amanhã estamos fora daqui", disse.
Entenda
A Viação Aérea São Paulo (Vasp) está no mercado há mais de 70 anos, e não voa há mais de três. Com problemas financeiros, a companhia deixou de voar em 2005, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.
Em 2006, foi dado início ao processo de recuperação judicial da empresa. O objetivo era que a empresa vendesse parte de seus ativos e voltasse a operar - entretanto, segundo Castro, algumas liminares impediram que isso fosse feito. Como o processo de recuperação não foi adiante, credores pediram a falência da companhia, que foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Fontes: G1 / Globonews
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