domingo, 24 de agosto de 2008

Avião britânico movido à energia solar bate recorde de permanência no ar

Modelo, não tripulado, sobrevoou o deserto do Arizona por 82h37min.

O Zephyr-6 pesa 30 quilos e pode ser usado com fins militares.


Um avião de fabricação britânica que funciona com energia solar bateu o recorde mundial extra-oficial de permanência no ar, com o tempo de 82h37min.

O Zephyr-6, sem tripulação, conseguiu se manter em vôo no deserto do Arizona com a ajuda de pilhas carregadas com luz solar, informa hoje a emissora "BBC", que afirma que o aparelho pode ser ideal para tarefas militares de reconhecimento.

O vôo foi realizado em uma base do Exército dos Estados Unidos no Arizona, onde o Zephyr-6 quebrou o atual recorde mundial de um vôo não-tripulado estabelecido pelo avião americano Global Hawk, de 30h24min.

Em declarações à "BBC", Chris Kelleher, membro da firma britânica de defesa e pesquisa QinetiQ, responsável pela fabricação do aparelho, disse que os aviões oferecem mais vantagens que os tradicionais.

"A vantagem principal é a continuidade, que pode ficar ali o tempo todo", afirmou Kelleher.

O teste do avião, realizado entre 28 e 31 de julho passado, não é oficial, porque a QinetiQ não envolveu a Federação Aeronáutica Internacional, organismo que regula os esportes aéreos e que dá o sinal verde a todas as tentativas de marcar recordes.

O Departamento de Defesa americano financiou o teste através do chamado Programa Conjunto de Demonstração Tecnológica (JCTD, em inglês), porque busca novas tecnologias para dar apoio a suas tropas em terra.

"Achamos que o Zephyr está perto de ser um sistema operacional, desejamos que seja nos próximos dois anos", disse Kelleher.

O Zephyr, de 30 quilos e montado com fibra ultraleve, foi guiado por meio de controle remoto até alcançar uma altitude de 18 quilômetros e depois voou com piloto automático e mediante comunicações via satélite.

Segundo a "BBC", o Zephyr comprovou que pode suportar temperaturas extremas, desde os 45 graus Celsius em nível do solo no deserto do Arizona até os 70 graus abaixo de zero, ao alcançar uma altitude de 18 quilômetros.

Fontes: G1 / EFE

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