Companhia garantiu que está em condições de lidar com pagamento de indenizações.
Familiares cobram prazos reais para identificação dos corpos.
Os familiares das vítimas do acidente aéreo da última quarta-feira (20), no aeroporto de Madri, insistiram nas últimas horas em pedir explicações à companhia Spanair sobre as razões que levaram a empresa a autorizar a decolagem do aparelho, apesar de terem detectado uma avaria no mesmo horas antes.
As famílias das vítimas e representantes da Spanair participaram de uma reunião na qual, segundo disseram à Agência Efe fontes presentes ao encontro, parentes quiseram saber especialmente por que o avião tentou decolar apesar dos erros detectados anteriormente.
Representando a Spanair esteve o vice-diretor da companhia, Javier Mendoza, que explicou que o comandante, falecido no acidente, detectou um mau funcionamento do aquecedor da sonda que mede a temperatura tanto em terra como em vôo, um instrumento que deve ser desativado automaticamente em terra.
Como o mecanismo automático falhou e a sonda seguia ativada, o piloto optou por retornar às oficinas de manutenção.
A citada sonda alimenta o computador que controla alguns parâmetros do motor, admitiu Mendoza, que, no entanto, expressou dúvidas sobre se o problema pode estar relacionado com o acidente.
Durante 33 minutos, a aeronave foi revisada por um mecânico de 41 anos e com experiência de mais de 20, que optou, como prevêem os procedimentos habituais, pelo desligamento do aquecedor.
Segundo Mendoza, "foi feito o que tinha que ser feito" na revisão que motivou o retorno da aeronave às oficinas de manutenção.
"Uma só causa nunca provoca um acidente aéreo. É sempre uma série de causas", acrescentou Mendoza, que defendeu ainda o alto índice de segurança de sua companhia e do modelo de avião acidentado, um McDonnell Douglas de 15 anos.
O modelo, disse, tem um índice de 0,26 acidente por cada milhão de horas de vôo, um dos mais baixos da aviação comercial.
O vice-diretor da Spanair também garantiu que a companhia está em condições de lidar com o pagamento de indenizações pelo acidente e que tratará de fazer chegar o mais rápido possível às famílias os celulares e utensílios pessoais resgatados no local da catástrofe.
Em nome dos familiares das vítimas, Ismael Rodríguez, amigo de um dos falecidos no acidente, disse que o que os parentes querem é que existam "prazos reais" no tempo de espera de identificação dos corpos, pois a demora na comprovação do DNA está provocando tensões.
Rodríguez lembrou que após a tragédia foi assegurado oficialmente que em um prazo de até 48 horas depois do acidente já teriam sido realizadas todas as identificações.
Lamentou ainda que até agora o número de identificações chegue a apenas 60, quatro dias depois da tragédia.
"Vai demorar mais do que esperávamos", reconheceram fontes da Defesa Civil espanhola.
Fonte: EFE
Familiares cobram prazos reais para identificação dos corpos.
Os familiares das vítimas do acidente aéreo da última quarta-feira (20), no aeroporto de Madri, insistiram nas últimas horas em pedir explicações à companhia Spanair sobre as razões que levaram a empresa a autorizar a decolagem do aparelho, apesar de terem detectado uma avaria no mesmo horas antes.
As famílias das vítimas e representantes da Spanair participaram de uma reunião na qual, segundo disseram à Agência Efe fontes presentes ao encontro, parentes quiseram saber especialmente por que o avião tentou decolar apesar dos erros detectados anteriormente.
Representando a Spanair esteve o vice-diretor da companhia, Javier Mendoza, que explicou que o comandante, falecido no acidente, detectou um mau funcionamento do aquecedor da sonda que mede a temperatura tanto em terra como em vôo, um instrumento que deve ser desativado automaticamente em terra.
Como o mecanismo automático falhou e a sonda seguia ativada, o piloto optou por retornar às oficinas de manutenção.
A citada sonda alimenta o computador que controla alguns parâmetros do motor, admitiu Mendoza, que, no entanto, expressou dúvidas sobre se o problema pode estar relacionado com o acidente.
Durante 33 minutos, a aeronave foi revisada por um mecânico de 41 anos e com experiência de mais de 20, que optou, como prevêem os procedimentos habituais, pelo desligamento do aquecedor.
Segundo Mendoza, "foi feito o que tinha que ser feito" na revisão que motivou o retorno da aeronave às oficinas de manutenção.
"Uma só causa nunca provoca um acidente aéreo. É sempre uma série de causas", acrescentou Mendoza, que defendeu ainda o alto índice de segurança de sua companhia e do modelo de avião acidentado, um McDonnell Douglas de 15 anos.
O modelo, disse, tem um índice de 0,26 acidente por cada milhão de horas de vôo, um dos mais baixos da aviação comercial.
O vice-diretor da Spanair também garantiu que a companhia está em condições de lidar com o pagamento de indenizações pelo acidente e que tratará de fazer chegar o mais rápido possível às famílias os celulares e utensílios pessoais resgatados no local da catástrofe.
Em nome dos familiares das vítimas, Ismael Rodríguez, amigo de um dos falecidos no acidente, disse que o que os parentes querem é que existam "prazos reais" no tempo de espera de identificação dos corpos, pois a demora na comprovação do DNA está provocando tensões.
Rodríguez lembrou que após a tragédia foi assegurado oficialmente que em um prazo de até 48 horas depois do acidente já teriam sido realizadas todas as identificações.
Lamentou ainda que até agora o número de identificações chegue a apenas 60, quatro dias depois da tragédia.
"Vai demorar mais do que esperávamos", reconheceram fontes da Defesa Civil espanhola.
Fonte: EFE
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