sábado, 30 de novembro de 2024

Mistério dos anos 1930 continua: mancha no mar não era avião de Amelia Earhart

Um mistério que já dura 87 anos continua no ar: o sumiço de Amelia Earhart. Recentemente, o explorador Tony Romeo anunciou que havia localizado uma mancha no oceano que parecia a aeronave da aviadora.

Amelia Earhart
Mas a expectativa foi frustrada. Na verdade, a imagem captada por um sonar da Deep Sea Vision no local - com formato de avião - era uma formação rochosa.

Ao longo de quase um século, várias investigações e expedições têm sido feitas em busca de respostas sobre o que ocorreu com a exploradora, que desapareceu enquanto sobrevoava o Oceano Pacífico.


O mais recente grupo a se unir à busca é justamente a equipe da Deep Sea Vision, uma empresa de exploração oceânica, composta por arqueólogos subaquáticos e especialistas em robótica marinha.

Com uma tecnologia que mapeia o fundo do oceano por meio de ondas sonoras para medir a distância até a superfície, eles tentam resolver o mistério de Earhart.


Quando a equipe identificou uma anomalia no Oceano Pacífico, a mais de 4.800 metros de profundidade, que se parecia com uma pequena aeronave, a esperança aumentou.

Amelia Earhart pilotava um avião modelo Lockheed 10-E Electra, com capacidade para 10 passageiros, quando desapareceu enquanto tentava dar a volta ao mundo.


“Algumas pessoas consideram um dos maiores mistérios de todos os tempos. Penso que, na verdade, é o maior mistério de todos os tempos”, disse o CEO da Deep Sea Vision Tony Romeo, no Instagram.

As fotos foram tiradas aproximadamente a 161 km da Ilha Howland, um atol sem habitantes que fica logo a norte do equador no Oceano Pacífico.


O lugar era o destino seguinte planejado por Amelia Earhart e o navegador Fred Noonan, depois de decolarem de Lae, na Papua Nova Guiné.

Na época, o governo dos EUA chegou a conduzir uma busca intensa por 16 dias seguidos, mas a dupla foi oficialmente considerada perdida no mar.


A Deep Sea Vision examinou uma área de mais de 13.468 km quadrados nas profundezas do oceano com a ajuda de um veículo subaquático autônomo avançado chamado Hugin 6000.

A expedição da empresa iniciou em setembro de 2023. As buscas também envolvem um ROV (veículo operado remotamente - foto abaixo) com uma câmera para uma investigação mais detalhada do objeto.


Em 2017, um documentário do History Channel sugeriu a ideia de que Amelia Earhart e Fred Noonan não teriam caído no Oceano Pacífico, mas sim nas Ilhas Marshall, localizadas a cerca de 1.609 km da Ilha Howland.

Segundo a teoria, eles teriam sido sequestrados e levados para a Ilha Saipan, onde foram mantidos como reféns até a morte.


Os investigadores da teoria se basearam numa foto do Arquivo Nacional dos EUA que mostrava algumas figuras embaçadas que seriam a aviadora e seu avião.


Outra teoria foi elaborada em 2016 pelo Grupo Internacional para Recuperação de Aeronaves Históricas, chamado de TIGHAR.

Segundo o grupo, Amelia Earhart e Fred Noonan conseguiram sobreviver a um pouso difícil em um recife no Oceano Pacífico, mas acabaram morrendo como náufragos porque não conseguiram chamar ajuda pelo rádio.


No entanto, a teoria mais aceita, apoiada pelo governo dos Estados Unidos e pelo Instituto Smithsonian, é a de que Earhart e Noonan teriam caído no Oceano Pacífico, próximo à Ilha Howland (imagem acima), quando o combustível do avião acabou.

Segundo o Departamento de Aeronáutica do Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian, nas últimas mensagens de rádio de Earhart, as transmissões ficaram cada vez mais fortes à medida que ela se aproximava da Ilha Howland, sugerindo que estava chegando perto antes de sumir.

Caso o avião seja encontrado em profundidades oceânicas tão extremas, onde as temperaturas são muito baixas e há baixo teor de oxigênio, há a possibilidade de que ele esteja bem preservado.


Com informações do iG - Imagens via Flipar

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