Segurança nas alturas: conheça o impacto dos raios na aviação.
A aviação enfrenta uma série de desafios, e os raios são um deles. Afinal, é um dos fenômenos naturais mais relevantes que podem afetar a segurança dos voos.
Mas qual o impacto dos raios nas aeronaves, os riscos envolvidos, as medidas de proteção adotadas e outros perigos climáticos que podem influenciar a segurança dos voos? Confira tudo isso a seguir!
Frequência e localização dos raios na aviação
Os raios são mais comuns do que se imagina na aviação. Estatísticas revelam que uma única aeronave comercial é atingida, em média, uma ou duas vezes por ano.
A frequência desses incidentes varia dependendo da localização geográfica e da atividade climática. Geralmente, áreas com maior frequência de tempestades estão localizadas em latitudes médias e tropicais, onde a combinação de calor e umidade cria um ambiente propício para a formação de tempestades.
Durante decolagens e aterrissagens, bem como em altitudes mais baixas entre 5.000 e 15.000 pés, os raios são mais prevalentes. Isso se deve à presença de nuvens Cúmulos-nimbos – tipo de nuvem de grande desenvolvimento vertical associada a tempestades severas, – as principais produtoras de relâmpagos.
No entanto, apesar da frequência, é importante notar que as aeronaves são projetadas para resistir a esses eventos.
Como os raios afetam as aeronaves?
Quando um raio atinge uma aeronave, geralmente entra em contato com partes salientes, como as pontas das asas. Porém, a estrutura metálica da aeronave age como uma gaiola de Faraday – uma estrutura metálica que funciona como um escudo contra campos elétricos, – protegendo o interior enquanto a corrente elétrica flui pelo exterior.
Os jatos modernos são equipados ainda com uma série de recursos de proteção para minimizar os efeitos dos raios. Pavios estáticos e materiais compostos são exemplos dessas medidas. Além disso, atualmente testes rigorosos de certificação garantem que as aeronaves sejam capazes de resistir a impactos elétricos.
Incidentes históricos: os impactos dos raios na aviação
Embora as aeronaves sejam, teoricamente, muito resistentes, a história da aviação já registrou incidentes relevantes envolvendo raios.
Entre as histórias, podemos citar o voo da Pan Am 214, operado por um Boeing 707 em dezembro de 1963, em Maryland, atingido por um raio durante o voo. O impacto causou uma explosão no tanque de combustível da aeronave, resultando na queda da aeronave e na morte de todas as 81 pessoas a bordo.
Outros perigos climáticos na aviação
Além dos raios, a aviação enfrenta uma série de outros desafios climáticos. A turbulência, por exemplo, pode ocorrer devido a condições atmosféricas instáveis e representa, além de um desconforto para os passageiros, riscos à segurança. Mas calma que as aeronaves também são projetadas para lidar com esses eventos, como já explicamos aqui.
Já a névoa congelante é outro desafio climático que pode afetar o desempenho dos motores e a visibilidade dos pilotos. As gotículas de água congelada podem aderir às superfícies das aeronaves, criando condições perigosas durante o voo.
Apesar dos desafios apresentados pelos raios e outros perigos climáticos, a aviação moderna implementa uma série de medidas de precaução. Além dos recursos de proteção instalados nas aeronaves, as tripulações são treinadas para lidar com diversas condições climáticas e situações de emergência. Assim, as aeronaves podem operar com segurança, mesmo diante de adversidades.
E você, acreditava que os raios eram muito perigosos?
Via Jéssica Bernardo (Rotas de Viagem)
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