Por um lance inicial de 10 mil dólares (cerca de 53 mil reais), é possível (em teoria) participar do leilão da companhia Iran Air, que desativou boa parte da frota de 42 aeronaves após a pandemia da Covid-19 e a queda na demanda por voos.
Não bastasse a crise na aviação, a empresa sofre com os embargos internacionais impostos ao Irã. Ao todo, a empresa irá leiloar 12 aeronaves antigas e que já estão fora de operação há anos.
Entre os modelos disponíveis, há três raros Boeing 747SP, dois trijatos 747-200, três Airbus A300-B2K e dois A310-200.
O mais barato deles é um Boeing 747-200, prefixo EP-IRR (foto acima), com lance inicial de R$ 53.000. O jato é de 1974 e foi entregue pelos EUA à própria Iran Air quando os países ainda mantinham relações amigáveis.
Já o mais caro deles é o Boeing 747SP, prefixo EP-IAD (foto abaixo). Um contrato aeronáutico inicial fixado não equivalente a R$ 143.000.
A pandemia de coronavírus causou uma queda acentuada no tráfego aéreo mundial e dentro do Irã não foi diferente. Até meados de setembro, o país havia acumulado quase 400 mil casos confirmados da doença e 22,7 mil mortes.
Com uma frota excedente, a Iran Air não teve escolha a não ser desativar boa parte de suas 40 aeronaves. Mas os aviões a serem leiloados estão armazenados há mais tempo devido à falta de condições de voo.
O 747SP, por exemplo, parou de voar entre 2012 e 2014, enquanto outros são possivelmente usados como fonte de peças de reposição para aeronaves mantidas em voo.
Devido ao embargo americano, a Iran Air opera uma frota de aeronaves predominantemente europeia, especialmente Airbus. Entre eles estão A300-600, A319, A320 e A330.
De acordo com o site do Planespotters, apenas um 747-200 e dois MD-82 seriam deixados em condições de operação entre os modelos americanos.
Os aviões mais novos da companhia aérea são 13 turboélices ATR 72 entregues em 2017, antes que novas restrições econômicas fossem colocadas em prática.
Antes da crise, uma companhia aérea operava voos para grandes capitais europeus, como Londres, Roma e Paris, além de destinos na Ásia e Oriente Médio.
Fontes: airway1.com / veja.com - Edição: Jorge Tadeu
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