Os talibãs paquistaneses, aliados da Al-Qaeda, reivindicaram nesta segunda-feira dois ataques no Paquistão que destruíram cerca de 60 caminhões da Otan no Afeganistão, em represália aos bombardeios de aviões teleguiados dos Estados Unidos.
Na noite de domingo, um comando fortemente armado incendiou na periferia de Islamabad quase 40 caminhões de empresas privadas paquistanesas, que transportam mantimentos, medicamentos e combustíveis para as tropas estrangeiras no Afeganistão.
"Reivindicamos os ataques de Sind (sul) e Islamabad", declarou por telefone à AFP Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TPP), grupo aliado da Al Qaeda, que nos últimos três anos organizou cerca de 400 atentados, matando 3.700 pessoas.
A principal via de abastecimento das forças da Otan atravessa a passagem de Khyber, na zona tribal do Paquistão, onde os caminhões da Otan são frequentemente atacados.
Na última sexta-feira, porém, os talibãs atacaram em Sind, província meridional geralmente calma.
Um comando de 20 homens atacou um comboio, incendiando 37 veículos e matando três motoristas.
Um outro ataque contra caminhões aconteceu no Baluquistão, sudeste do país.
"Continuaremos atacando, não permitiremos que o território paquistanês sirva de via de abastecimento para a Otan no Afeganistão", disse Azam Tariq.
"Também atacamos para nos vingarmos dos ataques dos aviões não tripulados" dos Estados Unidos, acrescentou.
Nas últimas semanas, a CIA intensificou sua campanha de ataques com aviões teleguiados nas zonas tribais na fronteira com o Afeganistão iniciada em 2004.
Nesta segunda, um avião teleguiado lançou mísseis contra instalações usadas por rebeldes na região paquistanesa de Waziristão do Norte, matando oito rebeldes, entre os quais cinco alemães de origem turca, informaram autoridades de segurança paquistanesa.
Em um mês, 24 ataques com 'drones' mataram 140 pessoas - insurgentes islamitas, mas também civis, segundo autoridades paquistanesas.
As zonas tribais, em particular o Waziristão do Norte, são bastiões da TTP, uma zona de retaguarda dos talibãs afegãos e principal santuário da Al Qaeda no mundo.
Nesta segunda-feira, a Otan lamentou a morte de soldados paquistaneses em um ataque perpetrado na última quinta-feira, pedindo a Islamabad que reabra a via para a passagem dos comboios de abastecimento da Aliança Atlântica.
"Lamento o incidente da semana passada, na qual perderam a vida soldados paquistaneses", disse à imprensa Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Otan, após uma reunião na sede da Aliança em Bruxelas com o ministro paquistanês das Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi.
"Expresso meus pêsames às famílias. Evidentemente, este incidente não foi intencional", destacou Rasmussen.
Em seguida, o secretário-geral expressou sua "esperança de que a fronteira seja aberta para (o transporte) de mantimentos o mais rápido possível", um pedido que Qureshi "se comprometeu a estudar".
No domingo, o embaixador do Paquistão em Washington, Hussain Haqqani, disse que espera uma reabertura "relativamente rápida" da fronteira.
"Não acredito que o bloqueio continue por muito tempo", afirmou Haqqani à rede de televisão CNN.
Fonte: AFP
Na noite de domingo, um comando fortemente armado incendiou na periferia de Islamabad quase 40 caminhões de empresas privadas paquistanesas, que transportam mantimentos, medicamentos e combustíveis para as tropas estrangeiras no Afeganistão.
"Reivindicamos os ataques de Sind (sul) e Islamabad", declarou por telefone à AFP Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TPP), grupo aliado da Al Qaeda, que nos últimos três anos organizou cerca de 400 atentados, matando 3.700 pessoas.
A principal via de abastecimento das forças da Otan atravessa a passagem de Khyber, na zona tribal do Paquistão, onde os caminhões da Otan são frequentemente atacados.
Na última sexta-feira, porém, os talibãs atacaram em Sind, província meridional geralmente calma.
Um comando de 20 homens atacou um comboio, incendiando 37 veículos e matando três motoristas.
Um outro ataque contra caminhões aconteceu no Baluquistão, sudeste do país.
"Continuaremos atacando, não permitiremos que o território paquistanês sirva de via de abastecimento para a Otan no Afeganistão", disse Azam Tariq.
"Também atacamos para nos vingarmos dos ataques dos aviões não tripulados" dos Estados Unidos, acrescentou.
Nas últimas semanas, a CIA intensificou sua campanha de ataques com aviões teleguiados nas zonas tribais na fronteira com o Afeganistão iniciada em 2004.
Nesta segunda, um avião teleguiado lançou mísseis contra instalações usadas por rebeldes na região paquistanesa de Waziristão do Norte, matando oito rebeldes, entre os quais cinco alemães de origem turca, informaram autoridades de segurança paquistanesa.
Em um mês, 24 ataques com 'drones' mataram 140 pessoas - insurgentes islamitas, mas também civis, segundo autoridades paquistanesas.
As zonas tribais, em particular o Waziristão do Norte, são bastiões da TTP, uma zona de retaguarda dos talibãs afegãos e principal santuário da Al Qaeda no mundo.
Nesta segunda-feira, a Otan lamentou a morte de soldados paquistaneses em um ataque perpetrado na última quinta-feira, pedindo a Islamabad que reabra a via para a passagem dos comboios de abastecimento da Aliança Atlântica.
"Lamento o incidente da semana passada, na qual perderam a vida soldados paquistaneses", disse à imprensa Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Otan, após uma reunião na sede da Aliança em Bruxelas com o ministro paquistanês das Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi.
"Expresso meus pêsames às famílias. Evidentemente, este incidente não foi intencional", destacou Rasmussen.
Em seguida, o secretário-geral expressou sua "esperança de que a fronteira seja aberta para (o transporte) de mantimentos o mais rápido possível", um pedido que Qureshi "se comprometeu a estudar".
No domingo, o embaixador do Paquistão em Washington, Hussain Haqqani, disse que espera uma reabertura "relativamente rápida" da fronteira.
"Não acredito que o bloqueio continue por muito tempo", afirmou Haqqani à rede de televisão CNN.
Fonte: AFP
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