sábado, 8 de maio de 2010

Na água, uma equipe de especialistas garante o show da Corrida Aérea

Profissionais responsáveis pela manutenção dos pilões de ar pelos quais os aviões passam mostram o trabalho feito para a etapa do Rio de Janeiro

Quem vê os pilotos do Mundial de Corrida Aérea em ação nem imagina o trabalho que é feito para manter em perfeitas condições os pilões de ar de 20m de altura pelos quais os aviões precisam passar. A manutenção dos portais insufláveis montados na Baía de Guanabara, no Rio, requer a atenção de uma equipe de 16 especialistas, que está preparada para intervir em qualquer situação.

Distribuídos em três botes na água, os profissionais precisam estar atentos a qualquer alteração na formação das modernas estruturas, que não podem se deslocar no mar, para não modificar o percurso da prova. Além disso, também têm que mostrar agilidade na hora de substituir um pilão que estiver danificado, caso ela tenha sido atingido por uma aeronave.

Com o uso de ventiladores poderosos, um controle eletrônico para controlar a pressão e um zíper feito de material plástico, a equipe precisa de apenas 90 segundos para fazer a reparação, encher o pilão com 70 metros cúbicos de ar (o equivalente a 1500 balões) e não atrapalhar o andamento da corrida.

- Antes, precisávamos de 20 minutos para fazer a troca. Mas já evoluímos bastante desde a nossa primeira edição e a tendência é diminuir ainda mais - disse o austríaco Gerald Voggenberger, que trabalha desde 2006 no Mundial da categoria.

Engenheiros trabalham na base dos cones da Corrida Aérea

Formados por uma estrura de seis fechos, os pilões são pintados com faixas coloridas, para identificar o tipo de manobra que o piloto precisa fazer durante o trajeto. Na cor azul, o avião precisa passar na posição horizontal pelo portal. Na cor vermelha, a aeronave atravessa na posição lateral (faca). Existe também o conjunto formado por três pilões em formato de slalom (zigue-zague).

- Temos que deixar tudo preparado no mar para que os pilotos brilhem no ar - contou o também austríaco Christhopher Egger.

Ao ser perguntado sobre como é trabalhar num evento capaz de reunir milhões de espectadores, Egger foi enfático:

- Não há nada igual. Todos somos apaixonados pelo que fazemos. Apesar de passar boa parte do ano longe de casa, temos a chance de conhecer lugares muito bonitos, como Abu Dhabi (EAU), Londres (ING) e Perth (AUS), por exemplo.

Em relação ao circuito da etapa carioca, os elogios também não ficaram para trás

- A vista da orla do Rio é maravilhosa. Espero que o público compareça no domingo. - encerrou o especialista.

Depois do sucesso da edição de 2007, o Rio receberá pela segunda vez o Mundial de Corrida Aérea. A prefeitura estima mais de um milhão de espectadores lotando as imediações entre a Enseada de Botafogo e a praia do Flamengo para acompanhar a prova deste fim de semana.

A operação vai envolver 250 agentes, entre guardas municipais e operadores da CET-Rio, que trabalharão para manter a fluidez do tráfego no entorno, reprimir o estacionamento irregular e ordenar os cruzamentos. As pistas do Aterro do Flamengo serão fechadas no sábado, das 8h às 18h, e no domingo, das 7h às 18h.

A etapa do Rio do Mundial de Corrida Aérea acontece neste sábado e domingo, a partir das 10h (de Brasília) e terá transmissão do SporTV e da TV Globo, dentro do Esporte Espetacular.

Fonte: globoesporte.globo.com - Fotos: Alexandre Durão/globoesporte.com

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