
- Nós mesmos tomamos a decisão. Queremos que, quando chegar a fiscalização da Anac, esteja tudo certo - afirmou o vice-presidente da Associação Brasileira de Voo Livre, Haroldo Castro Neves, ressaltando que a fiscalização foi intensificada a partir da morte do piloto Edvaldo Souza da Silva e de sua cliente Ana Rosa Lapa dos Santos, em 12 de dezembro de 2003.
Apenas voos duplos de instrução são permitidos
Segundo o piloto Valdir Ferraz, há sites na internet oferecendo voos comerciais.
- A intenção é acabar com isso - explicou.
O procurador da República Marcello Miller afirmou que o MPF foi provocado a investigar a segurança dos voos de asa-delta justamente a partir da morte de Edvaldo e Ana Rosa.
- O Ministério Público estadual, que investigou o crime de homicídio culposo no acidente de 2003, nos informou que o caso continha também a questão de segurança de voo, uma atribuição federal. Depois das duas mortes em 2003, houve denúncias de falta de segurança em outros acidentes, nos quais não houve mortes. Num deles, a pessoa que fazia um voo comercial viu a asa se rasgando a 20 metros de altura - afirmou o procurador.
No Rio, segundo ele, voos duplos comerciais são proibidos, sendo permitidos apenas voos duplos de instrução. A legislação permite a atividade apenas para fins de aprendizado.
O MPF também argumenta que o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica identifica os ultraleves, nos quais se incluem as asas-deltas, como veículos experimentais, e tal condição torna impraticável o serviço de passageiros.
O MPF cobrou também da associação a instalação de placas na rampa da Pedra Bonita com aviso de que os voos comerciais são proibidos.
- Isso nós já fizemos - garantiu o vice-presidente da ABVL.
Fonte: O Globo - Foto: Márcia Foletto
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