terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Viagens: pagar em prazos longos pode encurtar vantagens

A economia feita na compra de pacotes turísticos promocionais pode ser anulada caso o interessado decida efetuar o pagamento em prazos muito longos. Hoje é possível parcelar a compra da viagem em até 60 meses, seja por meio de um consórcio ou por financiamento bancário.

Mas quem tomar o crédito vai notar que tanto os juros dos financiamentos de passagens aéreas como as taxas de administração dos consórcios estão em alta.

Até fevereiro de 2009, quem aderia a um consórcio para compra de passagens aéreas arcava com uma taxa de administração de 5% ao ano e levava até 38 meses para pagar. Neste mês, segundo dados do Banco Central, a taxa média estava em 18,14%.

O aumento é explicado, em parte, pela nova legislação dos consórcios, que está em vigor há um ano. Se antes a compra de passagens aéreas era feita por um modelo de consórcio especificamente voltado a este fim, agora ela está incluída na modalidade de consórcio de serviços que tem taxas de administração mais altas que o dos demais consórcios.

"Quem optar por um consórcio em 60 meses, por exemplo, verá que ao fim do prazo terá pago o equivalente a duas viagens, mas só terá passeado uma vez", avisa Bolivar Godinho, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA). O mesmo alerta é válido para quem financiar a compra das passagens pelo banco ou pela companhia aérea.

Azul, Gol e TAM têm parcerias com bancos para vender bilhetes em até cinco anos. Os clientes do Banco do Brasil que forem viajar pela Azul são os que contam com o maior prazo: 60 meses. Mas os juros variam de 1,99% a 3% ao mês. Clientes Itaú Unibanco podem pagar a passagem aérea em até 48 vezes, para voos de Azul e TAM. O banco, entretanto, não divulga os juros. Na Gol, não é preciso ter conta em banco para conseguir parcelar a compra em até 36 vezes. Em contrapartida, os juros chegam a 5,99% ao mês.

Fonte: Agência Estado via iG

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