As supostas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na realização de obras em aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) é uma ameaça à Copa do Mundo que o Brasil sediará, em 2014. A afirmação é do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro.
Durante a sessão de quarta-feira (13) no tribunal, Carreiro afirmou que a falta de projetos, o superfaturamento e o sobrepreço encontrado nas obras dos aeroportos de Goiânia, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Vitória são comuns a outros empreendimentos da estatal.
Ao determinar a suspensão cautelar dos pagamentos para o consórcio responsável pela execução do serviço no Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória (ES), o ministro sugeriu que o TCU pode determinar a interrupção das obras em outros locais administrados pela estatal. Carreiro afirmou também que a crise que atingiu o setor aéreo a partir do final de 2006 ainda não foi resolvida.
“O país está se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2014. Acabamos de sair de uma crise, de um apagão aéreo que está latente, que não foi resolvido e, se isso não for resolvido, será um constrangimento para o país não ter essa infra-estrutura preparada”, disse o ministro. “Se esse quadro continuar sem solução, chegaremos próximo a 2014 e, quando estiver faltando um ano, essas obras serão todas feitas sem licitação, em caráter emergencial, com preços superfaturados, porque vai se perder o controle como aconteceu no Pan-Americano [realizado em 2007, no Rio de Janeiro], com obras cheias de irregularidades”.
Ao apoiar Carreiro, o ministro Augusto Nardes afirmou que o país precisa saber da gravidade do assunto. “Não apenas em relação à Copa do Mundo. Se queremos ser um protagonista internacional, temos que ter aeroportos em condições e um controle que dê segurança aos brasileiros. Neste sentido, eu reitero que a Infraero tem que acompanhar e apresentar justificativas mais razoáveis para não ter problemas como os apresentados”.
Nardes também afirmou que o governo, alertado pelo próprio TCU sobre alguns dos problemas do setor aéreo, demorou a agir de forma a evitar a crise que atingiu o setor a partir do final de 2006. “Recentemente, nós tivemos dois acidentes aéreos trágicos. Após o acidente com o avião da Gol [setembro de 2006], alertamos às autoridades que fatos graves poderiam acontecer. Infelizmente, aconteceu”, disse Nardes. “Infelizmente, as medidas não foram tomadas a contento. Demoraram muito e o Brasil passou por uma situação de constrangimento internacional. Estamos fazendo um novo alerta seis anos antes da Copa do Mundo. Portanto, há tempo de o país preparar sua casa”.
Fonte: Agência Brasil
Durante a sessão de quarta-feira (13) no tribunal, Carreiro afirmou que a falta de projetos, o superfaturamento e o sobrepreço encontrado nas obras dos aeroportos de Goiânia, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Vitória são comuns a outros empreendimentos da estatal.
Ao determinar a suspensão cautelar dos pagamentos para o consórcio responsável pela execução do serviço no Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, em Vitória (ES), o ministro sugeriu que o TCU pode determinar a interrupção das obras em outros locais administrados pela estatal. Carreiro afirmou também que a crise que atingiu o setor aéreo a partir do final de 2006 ainda não foi resolvida.
“O país está se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2014. Acabamos de sair de uma crise, de um apagão aéreo que está latente, que não foi resolvido e, se isso não for resolvido, será um constrangimento para o país não ter essa infra-estrutura preparada”, disse o ministro. “Se esse quadro continuar sem solução, chegaremos próximo a 2014 e, quando estiver faltando um ano, essas obras serão todas feitas sem licitação, em caráter emergencial, com preços superfaturados, porque vai se perder o controle como aconteceu no Pan-Americano [realizado em 2007, no Rio de Janeiro], com obras cheias de irregularidades”.
Ao apoiar Carreiro, o ministro Augusto Nardes afirmou que o país precisa saber da gravidade do assunto. “Não apenas em relação à Copa do Mundo. Se queremos ser um protagonista internacional, temos que ter aeroportos em condições e um controle que dê segurança aos brasileiros. Neste sentido, eu reitero que a Infraero tem que acompanhar e apresentar justificativas mais razoáveis para não ter problemas como os apresentados”.
Nardes também afirmou que o governo, alertado pelo próprio TCU sobre alguns dos problemas do setor aéreo, demorou a agir de forma a evitar a crise que atingiu o setor a partir do final de 2006. “Recentemente, nós tivemos dois acidentes aéreos trágicos. Após o acidente com o avião da Gol [setembro de 2006], alertamos às autoridades que fatos graves poderiam acontecer. Infelizmente, aconteceu”, disse Nardes. “Infelizmente, as medidas não foram tomadas a contento. Demoraram muito e o Brasil passou por uma situação de constrangimento internacional. Estamos fazendo um novo alerta seis anos antes da Copa do Mundo. Portanto, há tempo de o país preparar sua casa”.
Fonte: Agência Brasil
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