Infraero está disposta a negociar com servidores para evitar greve marcada para quarta
A menos de um dia do início da greve já aprovada por servidores de 12 dos 67 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), advogados da estatal se reuniram nesta segunda (28) com o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, Ricardo José Macêdo de Brito Pereira, e com a procuradora Adriana Silva Machado. A diretoria da empresa reiterou sua disposição de negociar com a categoria, a fim de evitar a paralisação dos serviços aeroportuários.
O teor da conversa entre a Procuradoria Regional do Trabalho e os advogados da empresa não foi divulgado. No entanto, na última sexta-feira (25), a estatal já havia adiantado que seus diretores teriam uma audiência com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) para falar sobre a greve, agendada para começar a meia-noite desta quarta-feira (30).
O MPT já vinha atuando como mediador desde o começo da negociação, mas julgou que a renovação do atual acordo coletivo de trabalho já estava encaminhada. Isso porque, no último dia 14, após receber uma proposta da empresa, a categoria suspendeu a greve marcada para o dia seguinte (15).
Segundo o MPT, 84 itens já haviam sido acordados, restando apenas chegar a um consenso sobre o bônus natalino - benefício concedido pela estatal há mais de duas décadas e que os trabalhadores querem que seja incluído no acordo coletivo.
Ontem, a assessoria de imprensa da Infraero se limitou a informar que a diretoria-executiva da estatal continua disposta a negociar com os servidores, afastando a hipótese de que uma ação de dissídio coletivo seja apresentada à Justiça do Trabalho.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, a diretoria da estatal é "intransigente" e demorou muito a apresentar uma contraproposta satisfatória à categoria. Lemos disse que ainda que se a empresa convocar os representantes dos trabalhadores para uma nova reunião nesta terça-feira (29) não haverá tempo hábil para impedir o início da greve.
"Mesmo nos reunindo [sindicato e empresa], acho meio complicado desmontar a greve antes dela acontecer. Sozinho, o sindicato não pode desmobilizar a categoria, que tem que ser consultada", disse Lemos à Agência Brasil.
Os servidores reivindicam 6% de reajuste salarial; 5,2% de aumento real; concessão de duas promoções à partir de agosto deste ano; vale-alimentação de R$ 25; a implementação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários até abril de 2009 e a manutenção de cláusulas sociais e financeiras do atual acordo coletivo.
Os aeroportuários são responsáveis por serviços como operação de equipamentos de raio-X nos aeroportos, pela fiscalização de bagagens no embarque e desembarque, pelo controle do movimento de aeronaves na pista e pela liberação e manobra de cargas.
Fonte: Alex Rodrigues (Agência Brasil)
A menos de um dia do início da greve já aprovada por servidores de 12 dos 67 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), advogados da estatal se reuniram nesta segunda (28) com o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, Ricardo José Macêdo de Brito Pereira, e com a procuradora Adriana Silva Machado. A diretoria da empresa reiterou sua disposição de negociar com a categoria, a fim de evitar a paralisação dos serviços aeroportuários.
O teor da conversa entre a Procuradoria Regional do Trabalho e os advogados da empresa não foi divulgado. No entanto, na última sexta-feira (25), a estatal já havia adiantado que seus diretores teriam uma audiência com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) para falar sobre a greve, agendada para começar a meia-noite desta quarta-feira (30).
O MPT já vinha atuando como mediador desde o começo da negociação, mas julgou que a renovação do atual acordo coletivo de trabalho já estava encaminhada. Isso porque, no último dia 14, após receber uma proposta da empresa, a categoria suspendeu a greve marcada para o dia seguinte (15).
Segundo o MPT, 84 itens já haviam sido acordados, restando apenas chegar a um consenso sobre o bônus natalino - benefício concedido pela estatal há mais de duas décadas e que os trabalhadores querem que seja incluído no acordo coletivo.
Ontem, a assessoria de imprensa da Infraero se limitou a informar que a diretoria-executiva da estatal continua disposta a negociar com os servidores, afastando a hipótese de que uma ação de dissídio coletivo seja apresentada à Justiça do Trabalho.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, a diretoria da estatal é "intransigente" e demorou muito a apresentar uma contraproposta satisfatória à categoria. Lemos disse que ainda que se a empresa convocar os representantes dos trabalhadores para uma nova reunião nesta terça-feira (29) não haverá tempo hábil para impedir o início da greve.
"Mesmo nos reunindo [sindicato e empresa], acho meio complicado desmontar a greve antes dela acontecer. Sozinho, o sindicato não pode desmobilizar a categoria, que tem que ser consultada", disse Lemos à Agência Brasil.
Os servidores reivindicam 6% de reajuste salarial; 5,2% de aumento real; concessão de duas promoções à partir de agosto deste ano; vale-alimentação de R$ 25; a implementação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários até abril de 2009 e a manutenção de cláusulas sociais e financeiras do atual acordo coletivo.
Os aeroportuários são responsáveis por serviços como operação de equipamentos de raio-X nos aeroportos, pela fiscalização de bagagens no embarque e desembarque, pelo controle do movimento de aeronaves na pista e pela liberação e manobra de cargas.
Fonte: Alex Rodrigues (Agência Brasil)
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