O presidente da OceanAir, German Efromovich, afirmou ao Jornal da Globo, que, pelo menos por enquanto, não existem planos de compra da BRA. A empresa anunciou, na tarde desta sexta-feira, que irá operar parte da frota e assumir todas as rotas da companhia que interrompeu as atividades esta semana.
Efromovich disse à reportagem que "neste momento, não está sendo ventilado mesmo porque nós já temos uma empresa aérea no país, mas não é uma possibilidade descartada visto que no mundo dos negócios tudo acontece duma maneira bastante dinâmica. Mas neste momento a resposta é não."
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira em nota que a OceanAir já se responsabilizará pelo transporte de passageiros de pacotes turísticos da BRA neste fim de semana.
Na próxima semana, serão acertados os detalhes de um acordo temporário de cooperação entre as duas companhias, provavelmente com duração de três meses.
Questionado se o entendimento poderia se encaminhar para um acordo definitivo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que essa é uma questão que cabe às empresas decidir.
"Por ora, o que importa é que vai-se resolver o problema dos 50 mil clientes. Espero que, depois, se torne definitivo", afirmou Jobim a jornalistas.
"Ou a BRA consegue superar a situação, ou há uma negociação da BRA com a OceanAir para uma incorporação. São especulações para o futuro", acrescentou.
O brigadeiro Allemander Pereira, diretor da Anac, informou que o acordo temporário valerá "provavelmente por 90 dias".
A companhia BRA Transportes Aéreos, que enfrenta crise financeira, anunciou na terça-feira a suspensão temporária de todos os seus vôos e a demissão dos 1,1 mil funcionários.
A BRA fazia, em média, 315 vôos por mês para 26 destinos nacionais e três internacionais. Segundo dados da Anac de setembro, a BRA tinha 4,6% do mercado doméstico, à frente da OceanAir, com 2,6%.
Fonte: Terra
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