quinta-feira, 26 de maio de 2011

É cedo para antecipar causas do acidente do 447, diz premiê da França

François Fillon recebeu carta de parentes preocupados com investigação.

Após boataria na imprensa, BEA deve divulgar primeiros dados na sexta.

O premiê da França, François Fillon, disse nesta quinta-feira (26) que ainda é cedo para antecipar as conclusões sobre as causas do acidente do voo 447 da Air France, que caiu há dois anos com 228 pessoas a bordo no Oceano Atlântico.

Fillon citou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, por sua sigla em francês), a entidade encarregada do caso, para ressaltar que "ainda não se pode tirar nenhuma conclusão sobre as causas".

Fillon lembrou que o BEA deve publicar nesta sexta-feira as primeiras conclusões da análise das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009.

"Quanto às responsabilidades, cabe à Justiça, e unicamente a ela, estabelecê-las e anunciá-las quando for o momento", disse.

Turbina do Airbus do voo 447 é retirada do mar em 8 de maio
Recuperadas no início deste mês, as caixas-pretas estão sendo analisadas pelos especialistas do BEA, que devem publicar em junho o primeiro relatório provisório sobre as causas do acidente.

No entanto, o BEA enfrenta a uma enorme pressão da imprensa por causa dos constantes vazamentos sobre os elementos da investigação, o que provocou a indignação dos familiares das vítimas.

Em carta enviada a Fillon, associações de familiares afirmaram ter "dúvidas" sobre "a autonomia" do BEA para dirigir a investigação, após a "divulgação de informações que deveriam ser confidenciais".

Fillon disse "lamentar" a publicação de "informações parciais ou inexatas". Ele disse que leu a carta com atenção e que entende a indignação delas.

A BEA, que em um primeiro momento não tinha previsto publicar relatórios provisórios nos próximos meses, anunciou que divulgará na sexta-feira os primeiros dados com base na análise das caixas-pretas, mas que eles ainda não permitem determinar as causas do desastre.

Fonte: G1, com agências internacionais - Foto: Divulgação/BEA

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