Jovem de 20 anos havia usado apontador laser 'para se divertir'; problema é crescente, dizem autoridades.
Um jovem francês de 20 anos foi condenado na terça-feira a seis meses de prisão por ter ofuscado com um apontador laser, "para se divertir", a visão de pilotos de aviões comerciais no momento da aterrissagem no aeroporto de Orly, que serve Paris.
"Era uma brincadeira. Não sabia que o laser poderia prejudicar tanto a visão dos pilotos", declarou o jovem, que é encanador, durante o julgamento no Tribunal de Créteil, nos arredores da capital francesa.
Na noite do último domingo, três pilotos das companhias Air France e easyJet foram sucessivamente ofuscados por um ponto luminoso verde visto no cockpit do avião no momento em que a aeronave se aproximava da pista de aterrissagem.
Os pilotos avisaram a torre de controle sobre o incidente, que alertou a polícia. O jovem foi preso poucos instantes depois no estacionamento de um supermercado próximo ao aeroporto.
O apontador laser utilizado, pouco maior do que uma caneta, havia sido comprado pelo jovem na Tailândia por 7 euros (cerca de R$ 16) e não tinha manual de uso, segundo a advogada do jovem, Célia Jeudi.
Brigada especial
O caso, ocorrido no último domingo, está longe de ser um fato isolado.
Apenas neste ano, segundo a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) da França, cerca de 400 incidentes de aviões atingidos com laser foram relatados, mas ninguém havia sido preso até então.
Para lutar contra esse tipo de "brincadeira", uma brigada especial foi criada pela polícia francesa dos transportes aéreos.
"A aterrissagem é uma das fases mais delicadas do voo. Os comandantes devem ficar extremamente concentrados, caso contrário há um acidente", disse Maxime Malka, advogado da Air France, uma das companhias prejudicadas pela luz e uma das partes no processo contra o jovem.
Segundo ele, os incidentes com laser começaram a ocorrer na França há três anos e "são um fenômeno extremamente preocupante".
Motoristas
"Você tem consciência de que pôs em perigo a vida de centenas de pessoas?", perguntou o juiz do Tribunal de Créteil ao réu. Alguns aviões visados estavam a mais de 100 metros de altitude.
Segundo a advogada do jovem, seu cliente "não fazia nenhuma diferença entre seu laser e uma simples lâmpada elétrica".
"Antes de se atacar aos aviões, o jovem havia utilizado seu laser contra motoristas na estrada. Ele o testou até sobre si mesmo e perdeu a visão por alguns instantes", disse o procurador Christophe Le Petitcorps.
O jovem encanador poderá, no entanto, cumprir a pena de prisão em liberdade condicional.
Ele também deverá pagar 1 euro simbólico às companhias Air France e easyJet e aos pilotos das empresas.
Fonte: BBC Brasil - Imagens: Reprodução
Um jovem francês de 20 anos foi condenado na terça-feira a seis meses de prisão por ter ofuscado com um apontador laser, "para se divertir", a visão de pilotos de aviões comerciais no momento da aterrissagem no aeroporto de Orly, que serve Paris.
"Era uma brincadeira. Não sabia que o laser poderia prejudicar tanto a visão dos pilotos", declarou o jovem, que é encanador, durante o julgamento no Tribunal de Créteil, nos arredores da capital francesa.
Na noite do último domingo, três pilotos das companhias Air France e easyJet foram sucessivamente ofuscados por um ponto luminoso verde visto no cockpit do avião no momento em que a aeronave se aproximava da pista de aterrissagem.
Os pilotos avisaram a torre de controle sobre o incidente, que alertou a polícia. O jovem foi preso poucos instantes depois no estacionamento de um supermercado próximo ao aeroporto.
O apontador laser utilizado, pouco maior do que uma caneta, havia sido comprado pelo jovem na Tailândia por 7 euros (cerca de R$ 16) e não tinha manual de uso, segundo a advogada do jovem, Célia Jeudi.
Brigada especial
O caso, ocorrido no último domingo, está longe de ser um fato isolado.
Apenas neste ano, segundo a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) da França, cerca de 400 incidentes de aviões atingidos com laser foram relatados, mas ninguém havia sido preso até então.
Para lutar contra esse tipo de "brincadeira", uma brigada especial foi criada pela polícia francesa dos transportes aéreos.
"A aterrissagem é uma das fases mais delicadas do voo. Os comandantes devem ficar extremamente concentrados, caso contrário há um acidente", disse Maxime Malka, advogado da Air France, uma das companhias prejudicadas pela luz e uma das partes no processo contra o jovem.
Segundo ele, os incidentes com laser começaram a ocorrer na França há três anos e "são um fenômeno extremamente preocupante".
Motoristas
"Você tem consciência de que pôs em perigo a vida de centenas de pessoas?", perguntou o juiz do Tribunal de Créteil ao réu. Alguns aviões visados estavam a mais de 100 metros de altitude.
Segundo a advogada do jovem, seu cliente "não fazia nenhuma diferença entre seu laser e uma simples lâmpada elétrica".
"Antes de se atacar aos aviões, o jovem havia utilizado seu laser contra motoristas na estrada. Ele o testou até sobre si mesmo e perdeu a visão por alguns instantes", disse o procurador Christophe Le Petitcorps.
O jovem encanador poderá, no entanto, cumprir a pena de prisão em liberdade condicional.
Ele também deverá pagar 1 euro simbólico às companhias Air France e easyJet e aos pilotos das empresas.
Fonte: BBC Brasil - Imagens: Reprodução
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