A administração Obama autorizou a captura do cidadão americano Anwar al-Awlaki (foto acima), "vivo ou morto". As autoridades americanas dizem ter provas do seu envolvimento em diversos planos de ataques terroristas contra os EUA, incluindo o massacre levado a cabo em novembro passado, em Fort Hood, que resultou na morte de 13 pessoas. Na sua página pessoal podia ler-se uma homenagem sentida ao assasino do Texas: "Nidal Hassan é um herói. Um homem de consciência que não conseguia lidar com a contradição de ser muçulmano e, ao mesmo tempo, lutar contra o seu povo. Não há nenhuma lei no mundo que nos impeça de combater a tirania americana".
Awlaki, de 39 anos, tem nacionalidade americana - nasceu no Novo México - mas cresceu entre os EUA e o Iêmen, onde se presume que esteja escondido. O americano está nos radares do exército desde os atentados de 11 de Setembro, em Nova Iorque, quando se determinou que os cérebros do ataque faziam parte do seu grupo de culto, na mesquita de São Diego. Mas foi nos últimos meses que a caça ao homem se tornou pública, quando se confirmou que Alawi teria sido o mentor de Omar Faruk Abdumutallab, o jovem nigeriano que tentou desviar um avião entre Amsterdã e Detroit, em dezembro do ano passado.
Segundo informação divulgada pela Reuters, Awlaki ter-se-á dedicado, nos últimos anos, a recrutar "soldados", dispostos a dar a vida pela luta contra os "infiéis norte-americanos".
Agora, são os Estados Unidos a nomeá-lo como um alvo a abater, tendo sido eleito pela conselho de segurança interna dos EUA "o inimigo número um do país", numa missão ao estilo James Bond. A Casa Branca explica, no entanto, que a captura de Awlaki não vai ser tarefa fácil, por implicar o lançamento de um míssil sobre a aldeia onde o alegado terrorista estará, através de um avião não tripulado. Mas antes, garantem, "é preciso assegurar a sua ligação com os grandes líderes da Al-Qaeda na Península Arábica".
Licença para matar
É um caso sem precendes no país: Awlaki é o primeiro cidadão americano na história dos EUA a ser um alvo a abater pelo seu país, não havendo registo de uma autorização semelhante de Washington. Nos EUA o debate está a centrar-se no facto de Barack Obama, defensor a abolição da pena de morte nos EUA, ser o primeiro da história dos presidentes americanos a dar "licença para matar" a um cidadão com passaporte americano.
A ordem foi justificada por Dennis Blair, porta-voz dos serviços secretos para os países árabes: "O perigo que representa para o nosso país obriga-nos a anunciar a sua captura. Se for preciso matá-lo, temos ordem para avançar".
Fonte: Nelma Viana (i-online - Portugal) - Foto: AP
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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Obama autoriza captura ou morte de terrorista com passaporte dos EUA
Clérigo é acusado de ser um dos cérebros por trás de diversos atentados contra os EUA
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