Força Aérea muda importância do atual destacamento Aéreo da Madeira
O General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, afiançou ao Jornal da Madeira que o Destacamento Aéreo da Madeira vai ser transformado em Aeródromo de Manobra. Terá o número "3" e estará operacional assim que for publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. Luis Araújo falou ao JM na sua deslocação ao Funchal, onde os "Asas de Portugal" fizeram uma actuação brilhante.
A estrutura da Força Aérea do Porto Santo vai ser mudada.
O Destacamento Aéreo da Madeira, baseado naquela ilha, irá passar a Aeródromo de Manobra nº 3 assim que seja publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. A notícia foi dada ao Jornal da Madeira pelo General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, durante a sua visita ao Funchal, na semana passada. Depois dessa fase, será proposto ao ministro da Defesa Nacional o dispositivo, o que deverá acontecer até Dezembro. Neste momento existe apenas mais um Aeródromo de Manobra em Portugal, em Ovar. Mas como é tradição da Força Aérea nunca repetir o número, apesar de ter sido transferido para o Exército o número 2, em São Jacinto, aquele ramo vai dar o nº3 à estrutura da ilha dourada.
A questão da mudança do Destacamento para Aeródromo de Manobra assume-se, praticamente, no papel. E mesmo tendo designações que distinguem as estruturas, «precisamos claramente de criar condições para alojar e acomodar as pessoas, tanto em termos de alojamento, como de alimentação», porque, explicou o General, «não podemos ter um dispositivo aéreo no Porto Santo e ter as pessoas a viver em unidades hoteleiras».
A solução actual, além de ser muito mais dispendiosa, é contra toda a filosofia militar. Agora, «porque isso implica muitos e variados meios, temos de coordenar as mudanças com o Ministério da Defesa Nacional e a Direcção Geral de Infraestruturas».
Quanto à data de chegada do C295 à Madeira, que o Jornal anuncuou há vários meses que viria para o Porto Santo, o responsável refere que esse aparelho vai, antes de mais, substituir as funções do C212 que actualmente existe na Força Aérea.
Quanto à data prevista para a entrega do aparelho que vai operar no Porto Santo e que, neste caso, substituirá o avião mais conhecido por "Aviocar" nas evacuações médico-sanitárias, ainda não existe. De qualquer forma, há já três daqueles aviões, de fabrico europeu, na Força Aérea Portuguesa, e os restantes serão entregues até ao final do próximo ano faseadamente.
«Para a missão que o actual avião tem na Região, o aparelho tem cumprido muito bem.
A missão primária do Aviocar na Madeira é a do transporte de evacuação sanitária, além de efectuar algumas missões de fiscalização de pescas», referiu o general. Mas o C295 terá, mais cedo ou mais tarde, de chegar à Madeira, com o General a apontar a data provável da entrada plena em funcionamento do aparelho para o primeiro semestre de 2012, visto que é preciso formar as tripulações, o que demora mais de um ano.
A questão que se coloca é que o C295 «é um pouco além do que precisamos para transporte de doentes, mas é o que vamos utilizar».
Por outras palavras, a Força Aérea Potuguesa não vai manter o C212 Aviocar apenas no Porto Santo, pois isso significaria muitos mais custos.
Um Merlin para a Casa Branca
O outro aparelho que tem estado em permanência no Porto Santo é o EH101 «Merlin», que durante algum tempo esteve mesmo a fazer, em exclusivo, as viagens entre o Porto Santo e o Funchal para as evacuações e que ainda é utilizado para os casos mais graves, aterrando directamente no heliporto do Hospital Central do Funchal.
Apesar de existirem alguns problemas, de vez em quando, despoletados por algumas falhas no cumprimento do contrato por parte do consórcio construtor, nomeadamente no que dizia respeito à manutenção, Luis Araújo garante que aquele é «um dos melhores helicópteros do mundo».
Afinal, estamos a falar do helicóptero que vai passar a transportar o Presidente dos Estados Unidoas da América, sendo a primeira vez que um aparelho não americano vai servir na Casa Branca, enalteceu o general.
Mas voltando aos "Merlin" que operam em Portugal, os aparelhos precisam de manutenção, precisam de peças e de regeneração de peças e «continuamos a não estar satisfeitos com o fluxo logístico que sustenta o "EH101"». O responsável máximo pela Força Aérea em Portugal continua a garantir que «o helicóptero é bom, continua a ser bom, mas ninguém compra diamantes pelo preço da prata», compara.
Continuando, o General salientou que «o Merlin faz coisas fantásticas, com tecnologia que o Puma não tinha, - e esse continua a ser um bom helicóptero, - só que o Merlin precisa de uma logística à rectaguarda e isso ultrapassa-nos, porque não tem sido tão sustentada quanto gostaríamos».
Questionado sobre a actual situação dos pilotos do "Merlin", uma vez que a dada altura havia menos comandantes do que o que era necessário e que esses eram assediados por companhias aéreas e empresas privadas de combate a fogos, o General foi peremptório: «se se amar a Força Aérea e se se tiver bom suporte em casa, isto é suportável. se não se tiver, naturalmente procura-se e é absolutamente natural que se procure outras soluções». E prosseguiu: «Para as pessoas para quem o dinheiro é importante, não podemos condenar que saiam. Não vou dizer que a vida nas empresas é mais fácil do que na Força Aérea, cada um tem as suas cruzes, mas o que é certo é que as pessoas saem. Neste momento temos uma tripulação de homens que já não são majores nem capitães, são coronéis e para esses já é difícil entrar em companhias aéreas» como a TAP, por exemplo. Às vezes têm outras oportunidades...»
Estrutura entra em funcionamento no final do próximo ano F16 estão à espera do radar para vir
O destacamento dos aviões F16 no Porto Santo está previsto e funcionará quando se tornar necessário, segundo o General Luis Araújo.
A parelha de aviões está preparada para vir para a Madeira, mas os prazos estão dependentes da entrada em funcionamento do radar. Quando a estrutura estiver pronta, explicou o responsável máximo pela Força Aérea em Portugal, «viremos mais vezes com os F16».
Não é fácil ter alojamento na actual configuração do Destacamento do Porto Santo, razão pela qual, para treinarmos tanto os pilotos, como os operadores de radar, teremos de ter condições para alojar as equipas. Luis Araújo garantiu, de qualquer forma. que «a parelha de F16 há-de vir algumas vezes, logo que tivermos a estrutura montada, fundamentalmente o radar e as facilidades para ter cá os aviões. Mas o hangar que foi construído no Porto Santo, perto da cabeceira norte do Aeroporto, não está inutilizado, porque está a ser utilizado para ter dentro o "EH101 Merlin".
Quanto à instalação completa do Radar do Pico do Arieiro e do consequente início das operações, «está previsto que no último trimestre de 2010 o radar esteja a ser inaugurado».
Fonte: Cristina Costa e Silva (Jornal da Madeira)
O General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, afiançou ao Jornal da Madeira que o Destacamento Aéreo da Madeira vai ser transformado em Aeródromo de Manobra. Terá o número "3" e estará operacional assim que for publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. Luis Araújo falou ao JM na sua deslocação ao Funchal, onde os "Asas de Portugal" fizeram uma actuação brilhante.
A estrutura da Força Aérea do Porto Santo vai ser mudada.
O Destacamento Aéreo da Madeira, baseado naquela ilha, irá passar a Aeródromo de Manobra nº 3 assim que seja publicada a Lei Orgânica da Força Aérea. A notícia foi dada ao Jornal da Madeira pelo General Luis Araújo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, durante a sua visita ao Funchal, na semana passada. Depois dessa fase, será proposto ao ministro da Defesa Nacional o dispositivo, o que deverá acontecer até Dezembro. Neste momento existe apenas mais um Aeródromo de Manobra em Portugal, em Ovar. Mas como é tradição da Força Aérea nunca repetir o número, apesar de ter sido transferido para o Exército o número 2, em São Jacinto, aquele ramo vai dar o nº3 à estrutura da ilha dourada.
A questão da mudança do Destacamento para Aeródromo de Manobra assume-se, praticamente, no papel. E mesmo tendo designações que distinguem as estruturas, «precisamos claramente de criar condições para alojar e acomodar as pessoas, tanto em termos de alojamento, como de alimentação», porque, explicou o General, «não podemos ter um dispositivo aéreo no Porto Santo e ter as pessoas a viver em unidades hoteleiras».
A solução actual, além de ser muito mais dispendiosa, é contra toda a filosofia militar. Agora, «porque isso implica muitos e variados meios, temos de coordenar as mudanças com o Ministério da Defesa Nacional e a Direcção Geral de Infraestruturas».
Quanto à data de chegada do C295 à Madeira, que o Jornal anuncuou há vários meses que viria para o Porto Santo, o responsável refere que esse aparelho vai, antes de mais, substituir as funções do C212 que actualmente existe na Força Aérea.
Quanto à data prevista para a entrega do aparelho que vai operar no Porto Santo e que, neste caso, substituirá o avião mais conhecido por "Aviocar" nas evacuações médico-sanitárias, ainda não existe. De qualquer forma, há já três daqueles aviões, de fabrico europeu, na Força Aérea Portuguesa, e os restantes serão entregues até ao final do próximo ano faseadamente.
«Para a missão que o actual avião tem na Região, o aparelho tem cumprido muito bem.
A missão primária do Aviocar na Madeira é a do transporte de evacuação sanitária, além de efectuar algumas missões de fiscalização de pescas», referiu o general. Mas o C295 terá, mais cedo ou mais tarde, de chegar à Madeira, com o General a apontar a data provável da entrada plena em funcionamento do aparelho para o primeiro semestre de 2012, visto que é preciso formar as tripulações, o que demora mais de um ano.
A questão que se coloca é que o C295 «é um pouco além do que precisamos para transporte de doentes, mas é o que vamos utilizar».
Por outras palavras, a Força Aérea Potuguesa não vai manter o C212 Aviocar apenas no Porto Santo, pois isso significaria muitos mais custos.
Um Merlin para a Casa Branca
O outro aparelho que tem estado em permanência no Porto Santo é o EH101 «Merlin», que durante algum tempo esteve mesmo a fazer, em exclusivo, as viagens entre o Porto Santo e o Funchal para as evacuações e que ainda é utilizado para os casos mais graves, aterrando directamente no heliporto do Hospital Central do Funchal.
Apesar de existirem alguns problemas, de vez em quando, despoletados por algumas falhas no cumprimento do contrato por parte do consórcio construtor, nomeadamente no que dizia respeito à manutenção, Luis Araújo garante que aquele é «um dos melhores helicópteros do mundo».
Afinal, estamos a falar do helicóptero que vai passar a transportar o Presidente dos Estados Unidoas da América, sendo a primeira vez que um aparelho não americano vai servir na Casa Branca, enalteceu o general.
Mas voltando aos "Merlin" que operam em Portugal, os aparelhos precisam de manutenção, precisam de peças e de regeneração de peças e «continuamos a não estar satisfeitos com o fluxo logístico que sustenta o "EH101"». O responsável máximo pela Força Aérea em Portugal continua a garantir que «o helicóptero é bom, continua a ser bom, mas ninguém compra diamantes pelo preço da prata», compara.
Continuando, o General salientou que «o Merlin faz coisas fantásticas, com tecnologia que o Puma não tinha, - e esse continua a ser um bom helicóptero, - só que o Merlin precisa de uma logística à rectaguarda e isso ultrapassa-nos, porque não tem sido tão sustentada quanto gostaríamos».
Questionado sobre a actual situação dos pilotos do "Merlin", uma vez que a dada altura havia menos comandantes do que o que era necessário e que esses eram assediados por companhias aéreas e empresas privadas de combate a fogos, o General foi peremptório: «se se amar a Força Aérea e se se tiver bom suporte em casa, isto é suportável. se não se tiver, naturalmente procura-se e é absolutamente natural que se procure outras soluções». E prosseguiu: «Para as pessoas para quem o dinheiro é importante, não podemos condenar que saiam. Não vou dizer que a vida nas empresas é mais fácil do que na Força Aérea, cada um tem as suas cruzes, mas o que é certo é que as pessoas saem. Neste momento temos uma tripulação de homens que já não são majores nem capitães, são coronéis e para esses já é difícil entrar em companhias aéreas» como a TAP, por exemplo. Às vezes têm outras oportunidades...»
Estrutura entra em funcionamento no final do próximo ano F16 estão à espera do radar para vir
O destacamento dos aviões F16 no Porto Santo está previsto e funcionará quando se tornar necessário, segundo o General Luis Araújo.
A parelha de aviões está preparada para vir para a Madeira, mas os prazos estão dependentes da entrada em funcionamento do radar. Quando a estrutura estiver pronta, explicou o responsável máximo pela Força Aérea em Portugal, «viremos mais vezes com os F16».
Não é fácil ter alojamento na actual configuração do Destacamento do Porto Santo, razão pela qual, para treinarmos tanto os pilotos, como os operadores de radar, teremos de ter condições para alojar as equipas. Luis Araújo garantiu, de qualquer forma. que «a parelha de F16 há-de vir algumas vezes, logo que tivermos a estrutura montada, fundamentalmente o radar e as facilidades para ter cá os aviões. Mas o hangar que foi construído no Porto Santo, perto da cabeceira norte do Aeroporto, não está inutilizado, porque está a ser utilizado para ter dentro o "EH101 Merlin".
Quanto à instalação completa do Radar do Pico do Arieiro e do consequente início das operações, «está previsto que no último trimestre de 2010 o radar esteja a ser inaugurado».
Fonte: Cristina Costa e Silva (Jornal da Madeira)
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