Até o final deste mês, a Flex (velha Varig) deve sair da tutela da Justiça e voltar ao controle da Fundação Ruben Berta (FRB). Esse cenário poderá atrapalhar ainda mais as negociações do encontro de contas.
O fim da recuperação judicial também poderá colocar a companhia, que hoje tem só um avião, usado em voos fretados, mais perto de uma falência.
"Aproxima-se o momento final da recuperação", afirmou, na semana passada, o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da primeira vara empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo caso Varig. O juiz não quis estabelecer prazos, mas segundo fontes ligadas ao processo ele tem dito a interlocutores que até o dia 31 de agosto o processo estará encerrado, com ou sem encontro de contas.
A Fundação Ruben Berta, acionista controladora da velha Varig, foi afastada da gestão da companhia durante a recuperação judicial. O eventual cenário de volta da FRB é temido por todas as partes empenhadas no sucesso da negociação com a União. "A volta da FRB pode ser um elemento complicador nas negociações do encontro de contas", avalia Ayoub. "A negociação não é fácil e, neste momento, o ideal é que não haja mudança", afirma Aubiérgio Barros de Souza Filho, interventor da Secretaria de Previdência Complementar no Aerus.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, se as negociações forem parar nas mãos da FRB, "a chance de o acordo não sair é enorme". Ela afirma que, no passado, antes de a Varig entrar com pedido de recuperação judicial, a fundação "rejeitou duas vezes a ajuda do governo ao se recusar a abrir mão do controle".
O juiz Ayoub garante que a volta da fundação não implicará riscos em relação ao cumprimento do acordo ou do plano de recuperação. "O dinheiro é carimbado e a mim compete homologar e monitorar o cumprimento do acordo." A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da FRB, César Cury, mas não foi atendida.
Graziella explica que a falência é pior para o trabalhador que votou a favor do plano de recuperação, pois nesta condição ele receberá menos do que o previsto no plano. A falência poderá implicar também no fim da prioridade no recebimento de crédito hoje desfrutada pelo Aerus, detentor de garantias.
Se as negociações para o encontro de contas não avançarem, a empresa poderá falir por falta de fôlego financeiro. Nos últimos 45 dias, a empresa demitiu quase 10% dos funcionários e se prepara para cumprir ordem judicial que a obriga a devolver para a Infraero o conjunto de prédios históricos da velha Varig no aeroporto Santos Dumont.
A nova sede da Flex ficará na Ilha do governador, onde está localizado o Centro de Treinamento de Pilotos e Comissários da empresa. A companhia, porém, também não tem recursos para fazer a mudança.
Fonte: Agência Estado via iG
O fim da recuperação judicial também poderá colocar a companhia, que hoje tem só um avião, usado em voos fretados, mais perto de uma falência.
"Aproxima-se o momento final da recuperação", afirmou, na semana passada, o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da primeira vara empresarial do Rio de Janeiro e responsável pelo caso Varig. O juiz não quis estabelecer prazos, mas segundo fontes ligadas ao processo ele tem dito a interlocutores que até o dia 31 de agosto o processo estará encerrado, com ou sem encontro de contas.
A Fundação Ruben Berta, acionista controladora da velha Varig, foi afastada da gestão da companhia durante a recuperação judicial. O eventual cenário de volta da FRB é temido por todas as partes empenhadas no sucesso da negociação com a União. "A volta da FRB pode ser um elemento complicador nas negociações do encontro de contas", avalia Ayoub. "A negociação não é fácil e, neste momento, o ideal é que não haja mudança", afirma Aubiérgio Barros de Souza Filho, interventor da Secretaria de Previdência Complementar no Aerus.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, se as negociações forem parar nas mãos da FRB, "a chance de o acordo não sair é enorme". Ela afirma que, no passado, antes de a Varig entrar com pedido de recuperação judicial, a fundação "rejeitou duas vezes a ajuda do governo ao se recusar a abrir mão do controle".
O juiz Ayoub garante que a volta da fundação não implicará riscos em relação ao cumprimento do acordo ou do plano de recuperação. "O dinheiro é carimbado e a mim compete homologar e monitorar o cumprimento do acordo." A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da FRB, César Cury, mas não foi atendida.
Graziella explica que a falência é pior para o trabalhador que votou a favor do plano de recuperação, pois nesta condição ele receberá menos do que o previsto no plano. A falência poderá implicar também no fim da prioridade no recebimento de crédito hoje desfrutada pelo Aerus, detentor de garantias.
Se as negociações para o encontro de contas não avançarem, a empresa poderá falir por falta de fôlego financeiro. Nos últimos 45 dias, a empresa demitiu quase 10% dos funcionários e se prepara para cumprir ordem judicial que a obriga a devolver para a Infraero o conjunto de prédios históricos da velha Varig no aeroporto Santos Dumont.
A nova sede da Flex ficará na Ilha do governador, onde está localizado o Centro de Treinamento de Pilotos e Comissários da empresa. A companhia, porém, também não tem recursos para fazer a mudança.
Fonte: Agência Estado via iG
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