Nas últimas semanas, passageiros enfrentaram quase uma hora de espera nas filas de check-in e de compra ou troca de passagem da empresa no aeroporto Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, e no de Congonhas, em São Paulo. Em muitos vôos, não estava sendo permitindo fazer o check-in nos terminais eletrônicos para clientes sem bagagem a despachar – o serviço de autoatendimento foi criado pelas companhias aéreas justamente para diminuir as filas no setor de embarque.
Funcionários da empresa informaram aos passageiros que a empresa está mudando seu sistema de check-in e, por isso, alguns vôos estão com esquema diferenciado, o que teria causado a demora nos últimos dias. Por meio de sua assessoria de imprensa, a TAM negou o problema e informou que a migração do sistema está sendo feita somente nos setores de venda e troca de bilhetes, e que outras mudança serão realizadas somente em março, após a alta temporada.
A jornalista Elisângela Mendonça, que na última terça-feira à noite pegou um vôo da TAM do Rio de Janeiro para São Luís do Maranhão, levou cerca de uma hora para conseguir fazer o check-in. A fila atravessava praticamente todo o terminal 2 do aeroporto Tom Jobim e os guichês eletrônicos não funcionavam para diversos vôos.
– A fila era absurda. Nunca vi nada igual. E só no balcão da TAM. Depois de uns 30 minutos, fui perguntar o que estava acontecendo, já que nenhum funcionário dava satisfação. Foi quando me disseram que o sistema de verificação de bilhetes estava passando por uma mudança, o que estava ocasionando alguns problemas – contou Elisângela.
Com o aumento do fluxo nos aeroportos, por conta do Carnaval, o movimento tende a aumentar e a situação pode se agravar. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a fiscalização será reforçada até o dia 22 de fevereiro, nos aeroportos mais movimentados do país. Além de Galeão e Congonhas, serão acompanhados de perto Guarulhos, também em São Paulo, e os aeroportos de Brasília, Salvador e Recife.
A Anac informou ainda que não tem gestão sobre filas, mas a empresa pode ser multada se os atrasos no check-in refletirem nos horários de decolagem ou resultarem em cancelamentos de vôos.
Foi o que aconteceu com o empresário Robert Souza, que na quarta-feira não conseguiu embarcar em vôo que viria de São Paulo para o Rio por causa do atraso no check-in da TAM. Ao chegar no balcão principal da companhia, em Congonhas, os passageiros estavam sendo encaminhados para uma recepção menor. Mais uma vez, a mudança tecnológica teria sido a justificativa.
– Eles falaram que o sistema de check-in para ponte aérea havia mudado e, por isso, tínhamos que entrar em outra fila. O atendimento estava devagar e muito ruim – declarou Souza, que por volta das 12 horas (horário do vôo), ainda na fila, foi informado sobre o cancelamento da partida, já que muitas pessoas não conseguiram fazer o check-in a tempo. – Não perdi dinheiro porque minha passagem incluia remarcação sem multa, mas tive que esperar duas horas para embarcar.
Fonte: Adriana Diniz (Jornal do Brasil)