terça-feira, 6 de julho de 2010

PF identifica 45 suspeitos de fraudar concursos da Anac e da Abin

É mais um desdobramento da operação deflagrada em junho.

Provas da Receita Federal, OAB e da PF também foram alvo de quadrilha.

A Polícia Federal anunciou nesta segunda-feira (5) que identificou outros 45 suspeitos de fraude em concursos, em desdobramento da Operação Tormenta, deflagrada no último dia 16. Os suspeitos teriam tido acesso privilegiado a provas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), realizada em 2009, e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em 2008. Essas pessoas seriam, em sua maioria, da capital paulista e da Baixada Santista. Elas serão chamadas a depor na PF a partir desta terça (6).

Fonte: G1

MAIS

A Operação Tormenta, que tem por objetivo desarticular quadrilha que fraudava concursos públicos em todo o país. Em 16 de junho passado, foram expedidos 34 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande São Paulo, 1 no Rio de Janeiro, 3 na região de Campinas (SP) e 9 na Baixada Santista. Foram expedidos ainda 12 mandados de prisão temporária.

Veja os integrantes e como atua a quadrilha

Líder da organização criminosa

Responsável por corromper as pessoas que tinham acesso ao caderno de questões da prova mediante pagamento de propina. Revendia cópias dos cadernos aos clientes do esquema, de maneira direta ou por meio de distribuidores e aliciadores; também era responsável por organizar fraudes mediante “ponto eletrônico”, quando não conseguia obter as questões antecipadamente.

Responsáveis pelo desvio das provas

Tinham acesso ao caderno de questões ou aos responsáveis pela segurança antes do dia do exame. O desvio do caderno de provas era feito mediante pagamento de propina.

Distribuidores

Adquiriam as provas do líder do grupo para revendê-las com lucro, seja diretamente aos clientes da organização, seja por meio de aliciadores.

Aliciadores

Intimamente ligados aos “distribuidores”, negociavam as provas com os candidatos; frequentemente telefonavam a possíveis candidatos orientando-os a se inscrever no concurso para vender o caderno de questões posteriormente.

Clientes do esquema

Serviam-se da organização criminosa para comprar provas de concursos e exames, tendo acesso às questões antecipadamente em detrimento dos demais candidatos.

Falsificadores

Eram responsáveis por falsificar diplomas e certificados para candidatos que não possuíam a formação necessária para concorrer a determinados cargos públicos; também forneciam documentos para um candidato fazer a prova no lugar do outro.

Professores

Eram responsáveis pela correção das questões da prova que seriam entregues aos candidatos e, no caso da OAB, pelas aulas dadas em cursinhos para os candidatos, com base no teor das questões da prova desviada.

Fonte: site da Polícia Federal via G1

Nenhum comentário: