terça-feira, 6 de julho de 2010

Aviões iranianos estão sendo reabastecidos, diz ministério

Aviões iranianos continuam a reabastecer em aeroportos de todo o mundo, disse uma autoridade nesta terça-feira, 6, um dia depois de informações de que aviões do país tiveram abastecimento negado na Alemanha, Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos.

O Irã sofreu uma nova rodada de sanções internacionais por conta de suas atividades de enriquecimento de urânio, que o Ocidente teme poder levar à construção de uma bomba. Teerã afirma que os objetivos de seu programa nuclear são pacíficos.

Os EUA também ampliaram a ofensiva para isolar o Irã economicamente. Na quinta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, transformou em leis sanções mais amplas que têm o objetivo de reduzir as importações iranianas de combustível e aprofundar o isolamento internacional do país.

Mas Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, classificou a notícia como falsa e fazendo "parte de uma guerra psicológica", com as informações de que alguns países estavam se negando a reabastecer aviões iranianos por conta das sanções impostas pelos EUA.

"Esta notícia não está correta. Não foi imposta limitação", disse Mehmanparast em entrevista coletiva. "A disseminação de notícias equivocadas é feita em linha com a criação de uma atmosfera negativa. É um tipo de guerra psicológica contra nosso povo", disse.

Os comentários dele pareceram ignorar o fato de as primeiras notícias sobre o tema vieram na segunda-feira de uma autoridade de primeiro escalão. O secretário da União Iraniana de Companhias Aéreas,

Nehdi Alyari, foi citado pela agência de notícias ISNA e teria afirmado que o Reino Unido, a Alemanha e os Emirados Árabes Unidos se negaram a abastecer aeronaves da Iran Air e da Mahan Airlines.

Em Londres, um porta-voz do governo disse que não estava ocorrendo "uma rejeição da oferta de combustível no Reino Unido".

Em Dubai, um porta-voz do aeroporto internacional declarou que aviões iranianos estavam sendo reabastecidos.

Em Berlim, o Ministério dos Transportes se limitou a afirmar que a rejeição para reabastecer aviões não estava na série de sanções da União Européia ou das Nações Unidas, de acordo com informações da agência de notícias AFP.

BP

O Financial Times informou que a petrolífera BP parou de reabastecer jatos iranianos, medida que pode juntá-la a um crescente número de empresas que se afastaram do comércio com o Irã em meio aos esforços liderados pelos Estados Unidos de isolar a República Islâmica por conta de seu programa nuclear.

Uma fonte da companhia assinalou ao jornal: "cumprimos totalmente qualquer sanção internacional em qualquer lugar onde operamos".

Além disso, uma fonte da força área do Golfo Pérsico disse ao FT que um fornecedor internacional de carburante para aviões em muitos aeroportos internacionais decidiu deixar de vender combustível aos aparelhos iranianos.

Fontes: Reuters / EFE via Estadão

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