quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ataque aéreo equivocado da Otan mata 5 soldados afegãos

Ao menos cinco soldados afegãos morreram nesta quarta-feira e outros dois ficaram feridos em um ataque aéreo lançado pela Otan na província central de Ghazni que tinha como alvo a insurgência talibã, informou o Ministério de Defesa afegão.

O ataque ocorreu na manhã desta quarta-feira, enquanto membros das forças de segurança afegãs emboscavam um grupo de insurgentes, explicou em entrevista coletiva o porta-voz de Defesa, Zahir Azimi.

Um avião da Otan bombardeou por engano as posições dos soldados e acabou matando cinco deles, sustentou Azimi.

O porta-voz condenou o ataque e expressou seu desejo que esta seja a última vez que as forças de segurança afegãs sejam vítimas de ataques de tropas estrangeiras.

Em comunicado, a Força Internacional de Assistência e Segurança (Isaf) disse ter enviado uma equipe conjunta à região para investigar o ocorrido e confirmou que vários soldados afegãos morreram e ficaram feridos no ataque, embora não tenha precisado quantos.

A Otan admitiu ter detectado um grupo de insurgentes no distrito e ter usado "munição guiada de precisão" contra eles, mas lamentou que os mortos fossem militares afegãos.

"Estas perdas são trágicas e damos nossos pêsames a todos os que perderam seus entes queridos", disse uma porta-voz da Isaf, Jane Campbell.

As batidas noturnas e os ataques aéreos lançados pela Isaf, que em algumas ocasiões causam vítimas civis, são algumas das táticas militares mais criticadas pelo Governo afegão.

Quando o ex-comandante-em-chefe das forças estrangeiras no Afeganistão, Stanley McChrystal, assumiu o comando em 2009 insistiu na necessidade de reduzir as vítimas civis e melhorar a coordenação com as forças de segurança afegãs.

O general David Petraeus, que o substituiu formalmente neste fim de semana, também afirmou que tratará de minimizar a morte de civis.

Nos últimos meses o comando militar estrangeiro, ao divulgar informações sobre operações contra a insurgência, esforça-se para ressaltar que estas ações são realizadas em coordenação com as forças afegãs.

Fonte: EFE/EPA

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