Na prática, manter-se fiel a uma única companhia pode não ser tão vantajoso. Antes de escolher, analise muito bem seus hábitos de viajante
Cartões de crédito que firmam parcerias com empresas aéreas prometem simplificar a vida do viajante na hora de trocar milhas acumuladas por bilhetes aéreos gratuitos. Mas, na prática, não é tão fácil assim, e a variedade de programas de recompensa torna tudo mais complicado. Talvez seja hora de repensar se o cartão que você carrega na carteira é mesmo o mais adequado para seus hábitos de viajante.
Recentemente, me vi obrigada a migrar para outra bandeira, depois de passar um ano tentando trocar milhas acumuladas no American Express Delta SkyMiles por um voo da companhia. Embora o material promocional prometesse o resgate do bilhete com 25 mil pontos, cada vez que eu arriscava reservar um voo, exigiam 40 mil. Quando a fatura chegou com a cobrança de US$ 95 pela anuidade do cartão (que foi abonada no primeiro ano), fiz o cancelamento.
Meu cartão de crédito atual não é filiado a nenhuma aérea. Ao invés de milhas, acumulo um ponto por cada dólar gasto, que posso usar em dezenas de companhias - 20 mil pontos rendem um voo de até US$ 400. Para ir de Nova York a Los Angeles em abril, usei os pontos e adquiri um voo ida e volta na JetBlue. Em algumas bandeiras, os bônus podem ser usados em hotéis - vantagem normalmente esquecida pelos clientes.
Preço a pagar. Mas Tim Winship, do site FrequentFlier.com, aponta benefícios que só quem é ligado a uma única aérea têm, como a chance de usar milhas para upgrades. Alguns, como o American Express Delta SkyMiles (o que cancelei), permitem que o viajante despache uma bagagem gratuitamente.
Winship enfatiza, porém, que a escolha do cartão deve ser feita de acordo com os hábitos de cada um. "Pessoas que viajam sempre pela mesma aérea podem se dar bem com os filiados, ao passo que os menos fiéis tendem a preferir os que acumulam pontos válidos em diversas aéreas."
Antes que você se anime e peça um novo cartão, considere os efeitos da troca. A prática pode ser tentadora: a maioria oferece bônus generosos para você se tornar titular, além de abonar a primeira anuidade.
Mas Adam Levin, fundador do site Credit.com, alerta que consumidores que migram com frequência deixam de desenvolver um histórico de conta - fator importante para fazer crescer seu limite de crédito, sua pontuação e manter a tarifa de manutenção em conta. Outro ponto que merece atenção é o valor das taxas de anuidade e de juros - que você deve considerar ainda mais se costuma ficar no vermelho. "Seu olho deve focar preços. Os benefícios devem vir depois."
Fonte: The New York Times via Susan Stelling (O Estado de S.Paulo)
Cartões de crédito que firmam parcerias com empresas aéreas prometem simplificar a vida do viajante na hora de trocar milhas acumuladas por bilhetes aéreos gratuitos. Mas, na prática, não é tão fácil assim, e a variedade de programas de recompensa torna tudo mais complicado. Talvez seja hora de repensar se o cartão que você carrega na carteira é mesmo o mais adequado para seus hábitos de viajante.
Recentemente, me vi obrigada a migrar para outra bandeira, depois de passar um ano tentando trocar milhas acumuladas no American Express Delta SkyMiles por um voo da companhia. Embora o material promocional prometesse o resgate do bilhete com 25 mil pontos, cada vez que eu arriscava reservar um voo, exigiam 40 mil. Quando a fatura chegou com a cobrança de US$ 95 pela anuidade do cartão (que foi abonada no primeiro ano), fiz o cancelamento.
Meu cartão de crédito atual não é filiado a nenhuma aérea. Ao invés de milhas, acumulo um ponto por cada dólar gasto, que posso usar em dezenas de companhias - 20 mil pontos rendem um voo de até US$ 400. Para ir de Nova York a Los Angeles em abril, usei os pontos e adquiri um voo ida e volta na JetBlue. Em algumas bandeiras, os bônus podem ser usados em hotéis - vantagem normalmente esquecida pelos clientes.
Preço a pagar. Mas Tim Winship, do site FrequentFlier.com, aponta benefícios que só quem é ligado a uma única aérea têm, como a chance de usar milhas para upgrades. Alguns, como o American Express Delta SkyMiles (o que cancelei), permitem que o viajante despache uma bagagem gratuitamente.
Winship enfatiza, porém, que a escolha do cartão deve ser feita de acordo com os hábitos de cada um. "Pessoas que viajam sempre pela mesma aérea podem se dar bem com os filiados, ao passo que os menos fiéis tendem a preferir os que acumulam pontos válidos em diversas aéreas."
Antes que você se anime e peça um novo cartão, considere os efeitos da troca. A prática pode ser tentadora: a maioria oferece bônus generosos para você se tornar titular, além de abonar a primeira anuidade.
Mas Adam Levin, fundador do site Credit.com, alerta que consumidores que migram com frequência deixam de desenvolver um histórico de conta - fator importante para fazer crescer seu limite de crédito, sua pontuação e manter a tarifa de manutenção em conta. Outro ponto que merece atenção é o valor das taxas de anuidade e de juros - que você deve considerar ainda mais se costuma ficar no vermelho. "Seu olho deve focar preços. Os benefícios devem vir depois."
Fonte: The New York Times via Susan Stelling (O Estado de S.Paulo)
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