A IATA criticou prontamente o projecto do Governo alemão de cobrar uma nova taxa ambiental aos passageiros nos aeroportos. A taxa integra um pacote de medidas anti-crise, mas para o director-geral da Associação Internacional de Companhias Aéreas, Giovanni Bisignani, trata-se de “um ataque ao dinheiro por um governo sem dinheiro”.
A Chanceler alemã Angela Merkel anunciou um plano a quatro anos para a redução do deficit que, entre várias medidas de corte de custos, inclui o lançamento de uma taxa a cobrar aos passageiros nos aeroportos alemães. O valor desta taxa não foi divulgado, mas a receita esperada sim: mil milhões de euros por ano. A taxa é apresentada como ambiental, e o valor a cobrar a cada passageiro será definido por aspectos como o nível de ruído do avião e o seu consumo, de acordo com informação do governo alemão.
O pacote de medidas, que inclui cortes em várias áreas da despesa pública e com o qual o governo alemão espera poupar 85 mil milhões, terá ainda que ser aprovado pelo parlamento alemão, tendo a oposição já manifestado a sua… oposição. Quem também se opõe, não ao plano, mas à taxa aérea, é a IATA, que esta semana encerrou em Berlim a sua 66ª assembleia-geral. Para o CEO e director da associação de companhias aéreas, Giovanni Bisignani, uma taxa deste género é “o pior tipo de irresponsabilidade política de vistas curtas”, e “um ataque ao dinheiro por um governo sem dinheiro”.
Quanto ao facto de a taxa ser apresentada como de carácter ambiental, “é juntar o insulto à injúria”, pois “não haverá qualquer benefício ambiental dos danos económicos causados”. Assim, “a proposta deve ser chumbada”, pede Bisignanni, que sublinha que a taxa vai ser mais um fardo na já muito taxada indústria aérea, num quadro em que a Europa e as suas companhias aéreas estão a registar resultados muito abaixo do resto do mundo. “Esta taxa é um golpe numa economia fraca e numa indústria frágil”, além dos próprios viajantes, sublinha o CEO da IATA, “numa altura em que pior o podem suportar”. Bisignani sublinha ainda o exemplo holandês, que “tentou angariar 300 milhões de euros com uma taxa semelhante”, mas “custou à economia holandesa 1,2 mil milhões em negócio perdido”, tendo falhado também como medida ambiental, “ao levar viajantes a atravessar a fronteira para voar a partir de países com impostos mais racionais”.
O Governo holandês acabou por abolir a taxa. Em Inglaterra cobra-se taxa semelhante, também muito criticada por todo o sector de turismo e transportes. O novo governo inglês já anunciou a intenção de passar a cobrar por avião e não por passageiro, como acontece actualmente, esperando assim aumentar receitas.
Fonte: Turisver (Portugal)
A Chanceler alemã Angela Merkel anunciou um plano a quatro anos para a redução do deficit que, entre várias medidas de corte de custos, inclui o lançamento de uma taxa a cobrar aos passageiros nos aeroportos alemães. O valor desta taxa não foi divulgado, mas a receita esperada sim: mil milhões de euros por ano. A taxa é apresentada como ambiental, e o valor a cobrar a cada passageiro será definido por aspectos como o nível de ruído do avião e o seu consumo, de acordo com informação do governo alemão.
O pacote de medidas, que inclui cortes em várias áreas da despesa pública e com o qual o governo alemão espera poupar 85 mil milhões, terá ainda que ser aprovado pelo parlamento alemão, tendo a oposição já manifestado a sua… oposição. Quem também se opõe, não ao plano, mas à taxa aérea, é a IATA, que esta semana encerrou em Berlim a sua 66ª assembleia-geral. Para o CEO e director da associação de companhias aéreas, Giovanni Bisignani, uma taxa deste género é “o pior tipo de irresponsabilidade política de vistas curtas”, e “um ataque ao dinheiro por um governo sem dinheiro”.
Quanto ao facto de a taxa ser apresentada como de carácter ambiental, “é juntar o insulto à injúria”, pois “não haverá qualquer benefício ambiental dos danos económicos causados”. Assim, “a proposta deve ser chumbada”, pede Bisignanni, que sublinha que a taxa vai ser mais um fardo na já muito taxada indústria aérea, num quadro em que a Europa e as suas companhias aéreas estão a registar resultados muito abaixo do resto do mundo. “Esta taxa é um golpe numa economia fraca e numa indústria frágil”, além dos próprios viajantes, sublinha o CEO da IATA, “numa altura em que pior o podem suportar”. Bisignani sublinha ainda o exemplo holandês, que “tentou angariar 300 milhões de euros com uma taxa semelhante”, mas “custou à economia holandesa 1,2 mil milhões em negócio perdido”, tendo falhado também como medida ambiental, “ao levar viajantes a atravessar a fronteira para voar a partir de países com impostos mais racionais”.
O Governo holandês acabou por abolir a taxa. Em Inglaterra cobra-se taxa semelhante, também muito criticada por todo o sector de turismo e transportes. O novo governo inglês já anunciou a intenção de passar a cobrar por avião e não por passageiro, como acontece actualmente, esperando assim aumentar receitas.
Fonte: Turisver (Portugal)
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