Filas no check-in, nas esteiras de bagagem e nos pontos de táxi irritam passageiros que usam Cumbica e Congonhas
Enquanto as obras de ampliação dos aeroportos de Congonhas e Cumbica demoram para sair do papel, quem viaja de avião em São Paulo vive uma rotina de filas e atrasos constantes. Como ambos estão trabalhando no limite de sua capacidade - os dois receberam juntos em 2009 cerca de 34,5 milhões de passageiros, apenas 100 mil a menos que o limite operacional somado -, a situação chega ao limite nos feriados prolongados, como ocorreu no último fim de semana.
O publicitário Edmar Bulla, de 36 anos, foi um dos passageiros afetados pelo gargalo aeroportuário. Ele voltava de uma viagem curta - de Ribeirão Preto para Congonhas, um voo de cerca de meia hora - e ficou mais tempo esperando a fila do táxi do que no avião. "Estava insuportável. Foram 40 minutos na fila, que estava dando voltas na parte inferior do aeroporto. Não estou falando de dezenas de metros, e sim de centenas", conta ele, que chegou a São Paulo às 22h20 de domingo.
Acostumado a viajar de avião, Bulla diz já ter aprendido a não despachar a bagagem para agilizar o desembarque. Mas a estudante Ana Elisa Lima, de 18 anos, não pôde fazer o mesmo quando vinha para São Paulo no domingo à noite. Por isso, além dos 40 minutos da fila do táxi que também teve de enfrentar, ela passou cerca de meia hora esperando suas malas na esteira de bagagem de Congonhas. "Foi bem horrível. Não tinha esteira para o nosso voo, que vinha de Cascavel em um avião pequeno. Tivemos de esperar liberarem as bagagens dos aviões grandes. Foram mais de uma hora só para sair do aeroporto", diz.
Já a médica Natália Silva Roma, de 26 anos, ficou mais de uma hora até conseguir fazer o check-in em Cumbica, na quarta-feira à noite, quando embarcava para passar o feriado em Fortaleza. "Tinha uma fila enorme, tanto no check-in doméstico quanto no internacional", conta. Depois disso, seu voo ainda atrasou mais de uma hora e meia para a decolagem, pois o avião demorou para chegar no aeroporto, segundo a companhia aérea.
Outro lado
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelos aeroportos, informou que as filas foram causadas pelo número atípico de passageiros durante o feriado. A empresa credita o atraso nas esteiras à demora das companhias aéreas em colocar a bagagem no mecanismo, o que tem um efeito cumulativo nos desembarques ao longo do dia.
A Infraero também planeja obras de ampliação em ambos os aeroportos para serem entregues antes da Copa do Mundo de 2014. O plano para Cumbica prevê um acréscimo de 5,5 milhões de passageiros por ano em sua capacidade até 2013, com a construção de dois módulos operacionais provisórios - uma espécie de galpão de vida útil curta enquanto o terceiro terminal do aeroporto não é finalizado. Em Congonhas,os planos são de aumentar a capacidade em 3 milhões de viajantes por ano com a construção de 20 novos balcões de check-in até o início de 2012.
Fonte: Rodrigo Burgarelli (O Estado de S.Paulo)
Enquanto as obras de ampliação dos aeroportos de Congonhas e Cumbica demoram para sair do papel, quem viaja de avião em São Paulo vive uma rotina de filas e atrasos constantes. Como ambos estão trabalhando no limite de sua capacidade - os dois receberam juntos em 2009 cerca de 34,5 milhões de passageiros, apenas 100 mil a menos que o limite operacional somado -, a situação chega ao limite nos feriados prolongados, como ocorreu no último fim de semana.
O publicitário Edmar Bulla, de 36 anos, foi um dos passageiros afetados pelo gargalo aeroportuário. Ele voltava de uma viagem curta - de Ribeirão Preto para Congonhas, um voo de cerca de meia hora - e ficou mais tempo esperando a fila do táxi do que no avião. "Estava insuportável. Foram 40 minutos na fila, que estava dando voltas na parte inferior do aeroporto. Não estou falando de dezenas de metros, e sim de centenas", conta ele, que chegou a São Paulo às 22h20 de domingo.
Acostumado a viajar de avião, Bulla diz já ter aprendido a não despachar a bagagem para agilizar o desembarque. Mas a estudante Ana Elisa Lima, de 18 anos, não pôde fazer o mesmo quando vinha para São Paulo no domingo à noite. Por isso, além dos 40 minutos da fila do táxi que também teve de enfrentar, ela passou cerca de meia hora esperando suas malas na esteira de bagagem de Congonhas. "Foi bem horrível. Não tinha esteira para o nosso voo, que vinha de Cascavel em um avião pequeno. Tivemos de esperar liberarem as bagagens dos aviões grandes. Foram mais de uma hora só para sair do aeroporto", diz.
Já a médica Natália Silva Roma, de 26 anos, ficou mais de uma hora até conseguir fazer o check-in em Cumbica, na quarta-feira à noite, quando embarcava para passar o feriado em Fortaleza. "Tinha uma fila enorme, tanto no check-in doméstico quanto no internacional", conta. Depois disso, seu voo ainda atrasou mais de uma hora e meia para a decolagem, pois o avião demorou para chegar no aeroporto, segundo a companhia aérea.
Outro lado
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelos aeroportos, informou que as filas foram causadas pelo número atípico de passageiros durante o feriado. A empresa credita o atraso nas esteiras à demora das companhias aéreas em colocar a bagagem no mecanismo, o que tem um efeito cumulativo nos desembarques ao longo do dia.
A Infraero também planeja obras de ampliação em ambos os aeroportos para serem entregues antes da Copa do Mundo de 2014. O plano para Cumbica prevê um acréscimo de 5,5 milhões de passageiros por ano em sua capacidade até 2013, com a construção de dois módulos operacionais provisórios - uma espécie de galpão de vida útil curta enquanto o terceiro terminal do aeroporto não é finalizado. Em Congonhas,os planos são de aumentar a capacidade em 3 milhões de viajantes por ano com a construção de 20 novos balcões de check-in até o início de 2012.
Fonte: Rodrigo Burgarelli (O Estado de S.Paulo)
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