Especialistas em segurança de voo consideram Airbus 330-200 sofisticado.
Um simulador de voo mostrou o cenário que se formava sobre o Atlântico, no momento em que o avião que fazia o voo AF 447 da Air France, entre Rio e Paris, desapareceu. Havia chuva e nuvens carregadas.
Na atmosfera instável, a velocidade e a direção do vento mudam constantemente. Quando um avião entra em uma turbulência, sua força de sustentação também oscila.
As mudanças abruptas fazem o avião subir e descer repentinamente. O tipo mais perigoso de turbulência para a aviação é aquela que ocorre dentro e próxima a trovoadas.
Esse fenômeno se forma quando o ar quente próximo ao solo ou ao mar sobe para camadas mais altas da atmosfera, carregando umidade. Nas altas camadas, esse ar quente forma nuvens. O atrito do ar e a movimentação das cargas elétricas dentro dessa nuvem formam raios.
O ar quente ascendente força a aeronave para cima. E, no movimento contrário para se estabilizar, o avião enfrenta os solavancos característicos na turbulência.
"Uma turbulência muito severa pode levar a aeronave a ter uma deformação estrutural ou até fratura da estrutura", diz Jefferson Fragoso, investigador de acidentes aeronáuticos. "Pode ser uma fratura leve, imperceptível num primeiro momento, ou até arrancar uma superfície de controle."
Antes de desaparecer, um alerta automático de pane elétrica foi emitido pelo sistema da aeronave para a central da Air France. O avião, que tinha 228 pessoas a bordo, desapareceu na noite de domingo (31) sobre o Atlântico. As buscas entraram no segundo dia consecutivo nesta terça-feira (2).
Na simulação de uma pane elétrica, num primeiro momento, o radar meteorológico que é um dispositivo que consome bastante energia numa aeronave, sai do ar. Aí, o piloto passa a voar sem saber quais são as áreas de maior turbulência. Depois, os geradores também podem apagar, mas ainda assim existem as baterias, que têm 30 minutos de vida útil. Se elas apagarem, a pane é generalizada. Mas, para os especialistas, essa é uma situação muito pouco provável de acontecer.
'Sofisticado'
O Airbus 330-200 é considerado um dos aviões mais sofisticados do mundo. "Os aviões são equipados com equipamentos duplos e de redundância, então, em uma falha de um equipamento, tem um segundo equipamento substituir", diz o piloto aposentado Rui Torres. "Uma falha elétrica não é de todo impossível, agora uma falha elétrica total é uma raridade. Se essa falha elétrica foi provocada por um raio, esse raio pode ter danificado a estrutura do avião além de uma falha elétrica, uma falha no sistema de pressurização."
Como a fuselagem metálica é boa condutora de eletricidade, o normal é o raio percorrer a parte externa do avião e sair por uma das extremidades, em milésimos de segundos.
Para o professor de engenharia Alexandre Piantini, a probabilidade de um raio ter causado o acidente é baixa. "O sistema de proteção do avião é feito considerando-se situações muito severas, então todos os dispositivos, componentes eletroeletrônicos, devem passar por testes que comprovem sua adequaãao a situações como essa, de um raio atingir um avião, e devem demonstrar que têm incompatibilidade eletromagnética."
"Um acidente aeronáutico é causado por diversos fatores que se sobrepõem uns aos outros, e às vezes podemos identificar alguns fatores em comum entre vários acidentes", afirma Jorge Barros, especialista em segurança de voo.
Fonte: G1 (com informações do Bom Dia Brasil)
Um simulador de voo mostrou o cenário que se formava sobre o Atlântico, no momento em que o avião que fazia o voo AF 447 da Air France, entre Rio e Paris, desapareceu. Havia chuva e nuvens carregadas.
Na atmosfera instável, a velocidade e a direção do vento mudam constantemente. Quando um avião entra em uma turbulência, sua força de sustentação também oscila.
As mudanças abruptas fazem o avião subir e descer repentinamente. O tipo mais perigoso de turbulência para a aviação é aquela que ocorre dentro e próxima a trovoadas.
Esse fenômeno se forma quando o ar quente próximo ao solo ou ao mar sobe para camadas mais altas da atmosfera, carregando umidade. Nas altas camadas, esse ar quente forma nuvens. O atrito do ar e a movimentação das cargas elétricas dentro dessa nuvem formam raios.
O ar quente ascendente força a aeronave para cima. E, no movimento contrário para se estabilizar, o avião enfrenta os solavancos característicos na turbulência.
"Uma turbulência muito severa pode levar a aeronave a ter uma deformação estrutural ou até fratura da estrutura", diz Jefferson Fragoso, investigador de acidentes aeronáuticos. "Pode ser uma fratura leve, imperceptível num primeiro momento, ou até arrancar uma superfície de controle."
Antes de desaparecer, um alerta automático de pane elétrica foi emitido pelo sistema da aeronave para a central da Air France. O avião, que tinha 228 pessoas a bordo, desapareceu na noite de domingo (31) sobre o Atlântico. As buscas entraram no segundo dia consecutivo nesta terça-feira (2).
Na simulação de uma pane elétrica, num primeiro momento, o radar meteorológico que é um dispositivo que consome bastante energia numa aeronave, sai do ar. Aí, o piloto passa a voar sem saber quais são as áreas de maior turbulência. Depois, os geradores também podem apagar, mas ainda assim existem as baterias, que têm 30 minutos de vida útil. Se elas apagarem, a pane é generalizada. Mas, para os especialistas, essa é uma situação muito pouco provável de acontecer.
'Sofisticado'
O Airbus 330-200 é considerado um dos aviões mais sofisticados do mundo. "Os aviões são equipados com equipamentos duplos e de redundância, então, em uma falha de um equipamento, tem um segundo equipamento substituir", diz o piloto aposentado Rui Torres. "Uma falha elétrica não é de todo impossível, agora uma falha elétrica total é uma raridade. Se essa falha elétrica foi provocada por um raio, esse raio pode ter danificado a estrutura do avião além de uma falha elétrica, uma falha no sistema de pressurização."
Como a fuselagem metálica é boa condutora de eletricidade, o normal é o raio percorrer a parte externa do avião e sair por uma das extremidades, em milésimos de segundos.
Para o professor de engenharia Alexandre Piantini, a probabilidade de um raio ter causado o acidente é baixa. "O sistema de proteção do avião é feito considerando-se situações muito severas, então todos os dispositivos, componentes eletroeletrônicos, devem passar por testes que comprovem sua adequaãao a situações como essa, de um raio atingir um avião, e devem demonstrar que têm incompatibilidade eletromagnética."
"Um acidente aeronáutico é causado por diversos fatores que se sobrepõem uns aos outros, e às vezes podemos identificar alguns fatores em comum entre vários acidentes", afirma Jorge Barros, especialista em segurança de voo.
Fonte: G1 (com informações do Bom Dia Brasil)
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