A aeronave Boeing 727-2A7, prefixo N8790R, da Trans Caribbean Airways (foto abaixo), operava o voo 505, um voo doméstico regular do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, para o Aeroporto Harry S. Truman, nas Ilhas Virgens Americanas, com escala no Aeroporto Internacional de Isla Verde, em Porto Rico.
A aeronave envolvida no acidente era um Boeing 727-2A7 com um ano de uso. Tinha o MSN 20240/717. A aeronave estava equipada com três motores turbofan Pratt & Whitney JT8D-9A.
O capitão era Fred Worle, de 40 anos. Ele tinha 10.665 horas de voo, das quais 350 foram no Boeing 727. O primeiro oficial Raymond Hayes tinha 45 anos e 9.471 das suas 21.016 horas de voo foram nesse modelo. O engenheiro de voo Charles Ferrell tinha 41 anos e 17.589 horas de voo, sendo 1.519 no 727.
O voo 505 decolou do Aeroporto Internacional de Isla Verde, em Porto Rico, às 14h27, após um voo tranquilo partindo do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. O voo - até o pouso no Aeroporto Harry S. Truman - também transcorreu sem incidentes. As condições meteorológicas em Saint Thomas eram de vento, mas céu claro.
A cerca de 9 metros acima da pista, o avião pareceu cair, com a velocidade diminuindo 5 nós abaixo da velocidade de referência. A aeronave quicou quase imediatamente a cerca de 15 metros de altura, e o comandante acionou o freio aerodinâmico, fazendo com que a aeronave caísse ainda mais rápido.
De acordo com entrevistas com passageiros após o segundo toque na pista, "O avião bateu com tanta força que literalmente sacudiu toda a estrutura interna." O som de metal rangendo, presumivelmente o trem de pouso principal direito cedendo, pôde ser ouvido na caixa-preta enquanto a aeronave quicava no ar pela segunda vez.
O primeiro oficial então fez um comando extremo de inclinação para baixo, antes de puxar o manche completamente para trás. O comandante então solicitou uma arremetida, porém, o engenheiro de voo era contra.
Os flaps foram recolhidos para 25° quando a aeronave atingiu a pista pela terceira vez. Nesse momento, a gravação da caixa-preta parou, com a última coisa dita sendo o engenheiro de voo exclamando: "Eles estão subindo -- mas você não vai conseguir -- você vai nos matar!"
A aeronave também ultrapassou os limites da pista, com o motor 3 sofrendo uma estolagem do compressor. Os restos do trem de pouso direito e parte da ponta da asa direita atingiram uma calçada e, em seguida, um caminhão, que havia sido evacuado segundos antes.
A aeronave, ainda com impulso, deslizou morro acima, antes de parar e pegar fogo. Dois passageiros morreram e 51 dos 53 sobreviventes ficaram feridos.
Uma investigação sobre o acidente foi rapidamente iniciada pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB). A investigação durou um ano e um dia. Um relatório preliminar sobre o acidente foi divulgado em 9 de abril de 1971.
O relatório final sobre o acidente foi divulgado em 29 de dezembro de 1971. A causa provável do acidente foi declarada pelo NTSB como sendo a seguinte: "O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes determinou que a causa provável deste acidente foi o uso de técnicas inadequadas pelo comandante na recuperação de um forte ressalto gerado por uma aproximação e pouso mal executados. A falta de coordenação da tripulação da cabine durante a aproximação e a tentativa de recuperação contribuiu para o acidente."
Após o acidente, a Trans Caribbean Airways começou a enfrentar dificuldades financeiras, o que, após um ano, levou à aquisição da companhia aérea pela American Airlines em 1 de março de 1971. Este é o único acidente fatal envolvendo um avião comercial da Trans Caribbean Airways.
Por Jorge Tadeu da Silva (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia e ASN




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