A Administração de Aviação Civil da China (CAAC) confirmou nesta sábado (26/03) que todos os 132 ocupantes do avião que caiu na segunda-feira no sul do país morreram.
“Os 123 passageiros e nove membros da tripulação do voo MU5735 da companhia China Eastern morreram a bordo em 21 de março”, disse o diretor-geral adjunto da CAAC, Hu Zhenjiang, à televisão estatal CCTV.
“A identidade de 120 vítimas foi determinada por identificação de DNA”, afirmou ele ele.
O Boeing 737-800 cai em uma área densamente arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi, cerca de uma hora depois de partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.
Segundo o diretor dos Bombeiros da região, um laboratório de física e química examinou 41 das 66 amostras recolhidas no local do acidente e não localizou vestígios de explosivos.
O que causou o acidente?
O acidente, o mais mortal na China em quase 30 anos, deixou as autoridades confusas sobre a causa. A busca por pistas foi dificultada pelo terreno acidentado e pela lama. As equipes de busca usaram máquinas e as próprias mãos para desenterrar partes do avião.
As duas caixas pretas foram encontradas e devem fornecer alguns detalhes do incidente. Elas foram enviadas a Pequim para análise.
O presidente chinês, Xi Jinping, ordenou uma investigação sobre a causa do acidente e as autoridades de aviação do país disseram que realizariam um check-up completo de sua vasta frota de passageiros.
O que se sabe até agora
O avião desceu rapidamente de uma altitude superior a 8 mil metros, o que é considerado muito pouco comum. A aeronave pareceu corrigir o rumo brevemente durante a descida, antes de se chocar contra as árvores.Segundo as autoridades, foram realizadas várias tentativas de contactar a tripulação, mas não houve resposta.
A companhia aérea China Eastern, que operava o voo, é uma das quatro principais transportadoras chinesas, juntamente com a Air China, a China Southern Airlines e o grupo HNA. Fundada em 1995, tem sede no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai.
Desde 2010, a China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava qualquer acidente aéreo com mais de cinco mortes.
Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines e com 96 pessoas a bordo, caiu quando se preparava para aterrissar em Yichun, no nordeste do país.
No acidente e no incêndio que se segiu, morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que tentou aterrisar à noite, com visibilidade reduzida.
Via Deutsche Welle (com Lusa, Reuters e AFP) - Imagem: Reprodução
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