Nem só os automóveis estão a ser forçados a diminuir consumos e emissões. Os aviões não escapam à pressão e desenvolvem combustíveis menos poluentes, mas os motores híbridos-elétricos também ajudam.
A Rolls-Royce, o maior fabricante de motores para os grandes aviões comerciais, desenvolveu o primeiro motor híbrido-eléctrico para aviões. A nova unidade, que ainda está em fase de testes, foi pensada para servir a aviação regional, estando a ser desenvolvido no mesmo banco de ensaios de onde saíram os motores turbo-hélice que equipam os helicópteros de guerra norte-americanos e ingleses, respectivamente os Apache do Army Air Corps e os Merlin da Royal Navy.
Esta não é a primeira vez que a Rolls-Royce estuda motores mais avançados para conseguir reduzir consumos e emissões de CO2, bastando recordar o UF001, o maior motor de aviação comercial, como os utilizados por aparelhos tipo Airbus ou Boeing, habitualmente denominados turbofan.
O UF001 tem um diâmetro de 3,5 metros, recorre ao titânio e à fibra de carbono para poupar peso e anuncia um rendimento que lhe permite reduzir o consumo em 25%, quando comparado com as duas unidades mais pequenas necessárias para obter a mesma potência.
Foi também a Rolls-Royce Holdings – para se distinguir da Rolls-Royce Motor Cars, o fabricante de automóveis de luxo que pertence ao Grupo BMW – que produziu o Spirit of Innovation, um avião eléctrico capaz de atingir 483 km/h e voar 322 km.
O novo motor híbrido-eléctrico, segundo o fabricante inglês, representa “um passo de gigante para a Rolls-Royce, pois conjuga um motor de combustão com um gerador capaz de gerar a electricidade necessária para alimentar 2500 lares, de forma contínua”. O construtor do engenho híbrido-eléctrico acredita que o motor não só pode ser utilizado em aviões, como até em sistemas aeroespaciais.
Essencialmente, este é um exemplo em que a indústria aeronáutica recorre a soluções já testadas pela sua congénere automóvel. O objetivo é associar motores de combustão a unidades eléctricas, com baterias para armazenar energia, mas não em quantidades que o excesso de peso seja um problema.
Via Observador (Portugal)
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