A governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, confirmou a existência de duas vítimas mortais no acidente ocorrido nesta sexta-feira (14) no Bairro de Almeirim, em Évora, Portugal, sendo um deles o dono da empresa de paraquedismo SkyDive.
"São efectivamente dois mortos que estão encarcerados nos destroços" da aeronave, disse à agência Lusa Fernanda Ramos.
Tanto Fernanda Ramos como o director do Aeródromo Municipal de Évora, comandante Lima Bastos, confirmaram que uma das vítimas mortais, o piloto do avião, era o proprietário da empresa de saltos de pára-quedas SkyDive.
"O dono da SkyDive, Edy Resende, era o piloto da aeronave que se despenhou e morreu no acidente", disse à Lusa o comandante Lima Bastos.
A identidade da segunda vítima mortal ainda não foi oficialmente revelada pelas autoridades.
O avião da SkyDive que se despenhou transportava pára-quedistas, que, na altura do acidente, já tinham efectuado o seu salto.
Questionada sobre os danos causados no edifício em que a aeronave raspou, a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, admitiu que os prejuízos materiais deverão ser assumidos pela empresa.
"Estamos a falar de uma empresa privada que tem os seus seguros e tem que assumir" esses prejuízos, disse.
O comandante Lima Bastos explicou à Lusa que a empresa SkyDive está sediada no Aeródromo Municipal de Évora "há cerca de dois anos" e realiza "inúmeros voos todas as semanas".
"Esta empresa promove saltos para pára-quedistas profissionais e amadores e também saltos de pandem (em que a pessoa salta presa a um instrutor)", afirmou.
Os saltos de pára-quedas "estão na moda em Évora, principalmente aos fins-de-semana", quando a SkyDive costuma efectuar "dezenas de lançamentos", acrescentou o director do Aeródromo.
As causas da queda do avião, nomeadamente sobre se poderá ter havido alguma falha de motor, vão ser apuradas pelo "Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA)", revelou o comandante Lima Bastos.
"Fui informado que os elementos do GPIAA estarão em Évora sábado de manhã para proceder à investigação", adiantou a mesma fonte.
Bimotor que caiu tinha uma semana
O avião bimotor Beechcraft 99, prefixo F-BTME, que ontem se despenhou em Évora provocando a morte a duas pessoas havia sido comprado há cerca de uma semana, avançou ao DN fonte policial, acrescentando que uma "falha mecânica" poderá ter estado na origem do acidente.
As duas vítimas mortais, cujos corpos ficaram carbonizados no interior do aparelho, são Eddy Resende, o piloto e proprietário da aeronave, e João Silva, pára-quedista, respectivamente com cerca de 40 e 37 anos. "O avião foi comprado em França e estava a voar em Portugal há poucos dias", explicou a mesma fonte.
Tudo aconteceu pouco depois das 19.00 quando o Beechcraft regressava à pista do Aeródromo Municipal de Évora depois de ter procedido ao lançamento de diversos pára-quedistas.
Aos comandos seguia Eddy Resende, um dos pára-quedista mais experientes do país e proprietário da empresa de saltos Sky Dive. João Silva acompanhou-o no voo.
Segundo o comandante do aeródromo, Lima Bastos, o avião fez uma primeira tentativa de aterragem. Mal sucedida. Depois, quando efectuava uma manobra de 180 graus para regressar à cabeceira da pista, sobre uma zona residencial do Bairro de Almeirim, na periferia de Évora, embateu num prédio de dois andares despenhando-se na rua.
"Foi uma queda a pique. Bateu no solo e explodiu", contou uma testemunha ocular ao DN. Só nessa altura é que diversos moradores se aperceberam da situação. "A hélice estava a arder e logo a seguir ouviu-se uma forte explosão", contou Maria Dias, 48 anos. "Antes de cair via-se muito fumo a sair do avião", garantiu outro morador.
Um dos amigos das vítimas contou ao DN que o avião terá entrado em emergência a cerca de 9 mil pés altitude (2900 metros) quando um dos motores terá parado. Nessa altura, os pára-quedistas saltaram, enquanto Eddy Resende e João Silva tentaram aterrar. Não houve qualquer comunicação com a torre de controlo.
A violência da explosão e o facto de os corpos terem ficado praticamente desfeitos num monte de destroços fizeram com que durante algum tempo as autoridades admitissem a possibilidade de um deles ter conseguido saltar antes do embate. Por isso ainda foram efectuadas buscas em toda a área circundante. Só duas horas e meia depois é que a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, confirmou a existência de duas vítimas mortais.
"Isto tinha de dar-se. Os aviões andam sempre aqui por cima das casas, às vezes até às onze da noite, e ninguém está livre de uma coisa destas", disse um morador do Bairro de Almeirim, acrescentando que a proximidade do aeródromo municipal faz com que a zona seja diariamente sobrevoada por "dezenas" de aviões.
Nas operações de socorro estiveram envolvidos 29 bombeiros, apoiados por sete viaturas. As operações de desencarceramento prolongaram-se pela noite. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).
Clique aqui e veja mais fotos do acidente.
Fonte: Luís Maneta (Diário de Notícias) / ASN - Foto: António Carrapato (Ag. Lusa)
"São efectivamente dois mortos que estão encarcerados nos destroços" da aeronave, disse à agência Lusa Fernanda Ramos.
Tanto Fernanda Ramos como o director do Aeródromo Municipal de Évora, comandante Lima Bastos, confirmaram que uma das vítimas mortais, o piloto do avião, era o proprietário da empresa de saltos de pára-quedas SkyDive.
"O dono da SkyDive, Edy Resende, era o piloto da aeronave que se despenhou e morreu no acidente", disse à Lusa o comandante Lima Bastos.
A identidade da segunda vítima mortal ainda não foi oficialmente revelada pelas autoridades.
O avião da SkyDive que se despenhou transportava pára-quedistas, que, na altura do acidente, já tinham efectuado o seu salto.
Questionada sobre os danos causados no edifício em que a aeronave raspou, a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, admitiu que os prejuízos materiais deverão ser assumidos pela empresa.
"Estamos a falar de uma empresa privada que tem os seus seguros e tem que assumir" esses prejuízos, disse.
O comandante Lima Bastos explicou à Lusa que a empresa SkyDive está sediada no Aeródromo Municipal de Évora "há cerca de dois anos" e realiza "inúmeros voos todas as semanas".
"Esta empresa promove saltos para pára-quedistas profissionais e amadores e também saltos de pandem (em que a pessoa salta presa a um instrutor)", afirmou.
Os saltos de pára-quedas "estão na moda em Évora, principalmente aos fins-de-semana", quando a SkyDive costuma efectuar "dezenas de lançamentos", acrescentou o director do Aeródromo.
As causas da queda do avião, nomeadamente sobre se poderá ter havido alguma falha de motor, vão ser apuradas pelo "Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA)", revelou o comandante Lima Bastos.
"Fui informado que os elementos do GPIAA estarão em Évora sábado de manhã para proceder à investigação", adiantou a mesma fonte.
Bimotor que caiu tinha uma semana
O avião bimotor Beechcraft 99, prefixo F-BTME, que ontem se despenhou em Évora provocando a morte a duas pessoas havia sido comprado há cerca de uma semana, avançou ao DN fonte policial, acrescentando que uma "falha mecânica" poderá ter estado na origem do acidente.
As duas vítimas mortais, cujos corpos ficaram carbonizados no interior do aparelho, são Eddy Resende, o piloto e proprietário da aeronave, e João Silva, pára-quedista, respectivamente com cerca de 40 e 37 anos. "O avião foi comprado em França e estava a voar em Portugal há poucos dias", explicou a mesma fonte.
Tudo aconteceu pouco depois das 19.00 quando o Beechcraft regressava à pista do Aeródromo Municipal de Évora depois de ter procedido ao lançamento de diversos pára-quedistas.
Aos comandos seguia Eddy Resende, um dos pára-quedista mais experientes do país e proprietário da empresa de saltos Sky Dive. João Silva acompanhou-o no voo.
Segundo o comandante do aeródromo, Lima Bastos, o avião fez uma primeira tentativa de aterragem. Mal sucedida. Depois, quando efectuava uma manobra de 180 graus para regressar à cabeceira da pista, sobre uma zona residencial do Bairro de Almeirim, na periferia de Évora, embateu num prédio de dois andares despenhando-se na rua.
"Foi uma queda a pique. Bateu no solo e explodiu", contou uma testemunha ocular ao DN. Só nessa altura é que diversos moradores se aperceberam da situação. "A hélice estava a arder e logo a seguir ouviu-se uma forte explosão", contou Maria Dias, 48 anos. "Antes de cair via-se muito fumo a sair do avião", garantiu outro morador.
Um dos amigos das vítimas contou ao DN que o avião terá entrado em emergência a cerca de 9 mil pés altitude (2900 metros) quando um dos motores terá parado. Nessa altura, os pára-quedistas saltaram, enquanto Eddy Resende e João Silva tentaram aterrar. Não houve qualquer comunicação com a torre de controlo.
A violência da explosão e o facto de os corpos terem ficado praticamente desfeitos num monte de destroços fizeram com que durante algum tempo as autoridades admitissem a possibilidade de um deles ter conseguido saltar antes do embate. Por isso ainda foram efectuadas buscas em toda a área circundante. Só duas horas e meia depois é que a governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, confirmou a existência de duas vítimas mortais.
"Isto tinha de dar-se. Os aviões andam sempre aqui por cima das casas, às vezes até às onze da noite, e ninguém está livre de uma coisa destas", disse um morador do Bairro de Almeirim, acrescentando que a proximidade do aeródromo municipal faz com que a zona seja diariamente sobrevoada por "dezenas" de aviões.
Nas operações de socorro estiveram envolvidos 29 bombeiros, apoiados por sete viaturas. As operações de desencarceramento prolongaram-se pela noite. As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).
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Fonte: Luís Maneta (Diário de Notícias) / ASN - Foto: António Carrapato (Ag. Lusa)
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