O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) se prepara para entrar para o ranking dos principais do país. Nos próximos dois anos, vai dobrar a capacidade do estacionamento, aumentar o pátio das aeronaves e há ainda um projeto para a construção de novo terminal de passageiros. Os investimentos vão deixar Confins mais forte para receber o aumento de demanda previsto com a transferência do centro administrativo do governo para a região e com a Copa de 2014. A previsão é de que só o centro administrativo movimente diariamente cerca de 25 mil servidores públicos e mais 10 mil visitantes. “Todo o nosso planejamento acontece exatamente para essas situações”, afirmou ao Estado de Minas o engenheiro Silvério Gonçalves, que assumiu na semana passada a superintendência do aeroporto. Gonçalves atua há 23 anos na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Na entrevista, afirmou que Confins está hoje longe da saturação. Mas reconhece que há necessidade de novas obras para atender o aumento de demanda. O aeroporto emprega 5,1 mil funcionários diretos e cerca de 15 mil indiretos.
O senhor assume o cargo em momento delicado para o setor aéreo. Depois da crise mundial, vieram os desastres aéreos e a gripe suína. Que balanço o senhor faz?
Em 2008 foram transportados 5,18 milhões de passageiros no aeroporto. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 2,91 milhões de pessoas, número praticamente igual ao do mesmo período de 2008, pois o movimento do terminal reflete o comportamento da economia. Somos um termômetro direto. A crise recente teve impacto direto no nosso movimento. As pessoas viajam menos e os negócios acontecem em menor intensidade. Mas estamos observando uma recuperação. Acreditamos que neste semestre o comportamento será melhor. Recentemente, duas novas companhias aéreas começaram a operar no aeroporto, a Trip Linhas Aéreas (em julho) e a Azul Linhas Aéreas (em agosto). Isso também faz crescer o movimento.
Como o aeroporto está se preparando para o aumento da demanda? Quais os investimentos previstos para Confins?
Este ano estão previstos investimentos de R$ 20 milhões no aeroporto. Entre as obras, está a ampliação do estacionamento. Hoje temos 1,5 mil vagas de veículos e queremos dobrar a capacidade. Além disso, estamos ampliando as salas de embarque doméstico e embarque e desembarque internacional. São obras que devem ser finalizadas este ano. Nossas esteiras de bagagem vão ser substituídas. Para 2010, estamos com projeto de ampliação da nossa pista de 3 mil para 3,6 mil metros, revitalização dos sistemas de balizamento e sinalização vertical. Está prevista também a construção de um novo pátio de aeronaves. Queremos elevar a capacidade atual de 15 aeronaves de grande porte para cerca de 35. Devemos fazer ainda um novo ponto de alimentação ao lado da sala de embarque.
Em um futuro próximo, com a ida do centro administrativo para a região e chegada de novas companhias aéreas, quais são os planos da Infraero para evitar uma possível saturação de Confins?
Ainda temos muito espaço ocioso, até no horário de pico. A capacidade atual é de 1.750 passageiros por hora. Nossa demanda não chega nem à metade desse número. Além dos investimentos em pátio, estacionamento e pista, estamos trabalhando em um projeto de adequação do atual terminal. O check-in, admitimos, é um ponto frágil do terminal. Se aparecerem quatro novas empresas de aviação no aeroporto, por exemplo, vamos ter dificuldades para receber. Não vamos deixar de receber, mas teremos que trabalhar mais apertados. Todos esses projetos vão fazer frente a esse acréscimo de demanda. Há ainda um outro projeto mais ousado que estamos trabalhando, que é a construção do novo terminal de passageiros, que pode até dobrar a capacidade do atual. O novo terminal seria uma obra para ser iniciada no ano quem vem, com duração média de dois anos.
O aeroporto está preparado para receber os turistas na Copa de 2014?
A Copa de 2014 vai dar um salto no movimento de passageiros. Nosso planejamento acontece exatamente para essa situação.
Se a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidir que vai abrir o aeroporto da Pampulha para aeronaves maiores, Confins seria prejudicado?
Só para se ter ideia, no ano anterior à transferência dos voos, em 2004, o movimento anual de passageiros aqui era de 388,5 mil. Em 2008, fechou com 5,18 milhões de passageiros transportados. Certamente, não podemos desconsiderar essa hipótese.
Fonte: Geórgea Choucair (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Maria Tereza Correia (EM/DA Press)
O senhor assume o cargo em momento delicado para o setor aéreo. Depois da crise mundial, vieram os desastres aéreos e a gripe suína. Que balanço o senhor faz?
Em 2008 foram transportados 5,18 milhões de passageiros no aeroporto. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 2,91 milhões de pessoas, número praticamente igual ao do mesmo período de 2008, pois o movimento do terminal reflete o comportamento da economia. Somos um termômetro direto. A crise recente teve impacto direto no nosso movimento. As pessoas viajam menos e os negócios acontecem em menor intensidade. Mas estamos observando uma recuperação. Acreditamos que neste semestre o comportamento será melhor. Recentemente, duas novas companhias aéreas começaram a operar no aeroporto, a Trip Linhas Aéreas (em julho) e a Azul Linhas Aéreas (em agosto). Isso também faz crescer o movimento.
Como o aeroporto está se preparando para o aumento da demanda? Quais os investimentos previstos para Confins?
Este ano estão previstos investimentos de R$ 20 milhões no aeroporto. Entre as obras, está a ampliação do estacionamento. Hoje temos 1,5 mil vagas de veículos e queremos dobrar a capacidade. Além disso, estamos ampliando as salas de embarque doméstico e embarque e desembarque internacional. São obras que devem ser finalizadas este ano. Nossas esteiras de bagagem vão ser substituídas. Para 2010, estamos com projeto de ampliação da nossa pista de 3 mil para 3,6 mil metros, revitalização dos sistemas de balizamento e sinalização vertical. Está prevista também a construção de um novo pátio de aeronaves. Queremos elevar a capacidade atual de 15 aeronaves de grande porte para cerca de 35. Devemos fazer ainda um novo ponto de alimentação ao lado da sala de embarque.
Em um futuro próximo, com a ida do centro administrativo para a região e chegada de novas companhias aéreas, quais são os planos da Infraero para evitar uma possível saturação de Confins?
Ainda temos muito espaço ocioso, até no horário de pico. A capacidade atual é de 1.750 passageiros por hora. Nossa demanda não chega nem à metade desse número. Além dos investimentos em pátio, estacionamento e pista, estamos trabalhando em um projeto de adequação do atual terminal. O check-in, admitimos, é um ponto frágil do terminal. Se aparecerem quatro novas empresas de aviação no aeroporto, por exemplo, vamos ter dificuldades para receber. Não vamos deixar de receber, mas teremos que trabalhar mais apertados. Todos esses projetos vão fazer frente a esse acréscimo de demanda. Há ainda um outro projeto mais ousado que estamos trabalhando, que é a construção do novo terminal de passageiros, que pode até dobrar a capacidade do atual. O novo terminal seria uma obra para ser iniciada no ano quem vem, com duração média de dois anos.
O aeroporto está preparado para receber os turistas na Copa de 2014?
A Copa de 2014 vai dar um salto no movimento de passageiros. Nosso planejamento acontece exatamente para essa situação.
Se a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidir que vai abrir o aeroporto da Pampulha para aeronaves maiores, Confins seria prejudicado?
Só para se ter ideia, no ano anterior à transferência dos voos, em 2004, o movimento anual de passageiros aqui era de 388,5 mil. Em 2008, fechou com 5,18 milhões de passageiros transportados. Certamente, não podemos desconsiderar essa hipótese.
Fonte: Geórgea Choucair (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Maria Tereza Correia (EM/DA Press)
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