A vinda do Beluga, o avião supercargueiro da Airbus, causou furor. Pela primeira vez ao Brasil, ele passou pelos aeroportos de Fortaleza (CE) e Viracopos, em Campinas (SP). Em seu interior, ele trouxe uma carga inédita: o primeiro helicóptero ACH160 do mundo, que foi vendido para um cliente brasileiro.
Existem dois modelos de Beluga: o Beluga ST, mesmo modelo que veio ao Brasil, e o Beluga XL, maior que o ST e desenvolvido a partir do A330.
A versão ST, desenvolvida a partir do A300-600, hoje presta serviço de cargas para diversos clientes mundo afora. Já o Beluga XL se concentra em transportar partes e peças de aviões da companhia para a montagem final na fábrica da empresa na França.
São transportadas asas, fuselagens, estabilizadores, entre outra gama de peças a bordo.
Para comportar o carregamento, o Beluga levanta a "testa" da aeronave, que fica acima da cabine de comando.
Com isso, ele comporta cargas de grande tamanho, sendo esse avião o que tem a maior capacidade em volume da atualidade. Em volume, o Beluga é maior que o Antonov An-225, ex-maior avião de carga do mundo que foi destruído na guerra na Ucrânia, e o Lockheed C-5 Galaxy, utilizado pelas forças armadas dos Estados Unidos.
Beluga XL carregando partes de outro avião |
Entretanto, o avião da francesa não carrega cargas tão pesadas quanto o Antonov. O Beluga ST leva carregamentos de até 40 toneladas e o XL de até 44 toneladas, enquanto o An-225 transportava até 250 toneladas de carga útil.
O interior do Beluga XL chega a ter 8,1 metros de largura e 7,5 metros de altura, o maior compartimento de um avião de transporte do mundo.
Veja nas imagens a seguir um pouco mais como é o Beluga, tanto o ST quanto o XL, por dentro:
O tamanho do Beluga permite que ele seja carregado com espaço de sobra com outras aeronaves, como o helicóptero H225 na imagem. À frente está um contêiner com carga e o helicóptero, sem as pás, fica ao fundo.
A seção frontal da fuselagem do primeiro A350 XWB foi transportada dentro do Beluga XL de Saint-Nazaire até a linha final de montagem em Tolouse, ambas na França.
A tripulação que trouxe o ACH160 no Beluga ST ao Brasil no final de julho |
O interior vazio de um compartimento de carga do Beluga ST. Nele, é possível transportar outras partes de aviões além de helicópteros inteiros e outros tipos de carga.
Via Alexandre Saconi (Todos a bordo/UOL) - Imagens: Divulgação/Airbus
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