quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Helicóptero é alvo de tiros durante buscas por avião desaparecido em Roraima

Estão desaparecidos o piloto Cristiano Nava da Encarnação, Antônio José Oliveira da Silva e
o mecânico Wallace Gabriel (Foto: Divulgação)
Após 14 dias do desaparecimento de uma aeronave no Alto Mucajaí, no município de Mucajaí, Willyans Ramos da Silva que é filho de Antônio José Oliveira da Silva que estava no avião, esteve na redação da Folha para informar um fato novo sobre o ocorrido.

Segundo ele, nesta terça-feira (17), a família recebeu a informação de que foi vista uma clareira e uma fumaça saindo de dentro da mata, próximo do local onde a aeronave teria caído.

“Nos informaram que o local onde teria caído o avião fica nas proximidade de uma aldeia yanomami no Alto Mucajaí, onde vivem índios isolados. Então, alugamos um helicóptero e pagamos um piloto para sobrevoar a área e o piloto afirmou que viu uma clareira e fumaça vindo na floresta e que possivelmente é o local onde caiu o avião”, disse Willyans.

“Ao tentar se aproximar do local com o helicóptero, para verificar o que seria, o piloto foi surpreendido com tiros que acertaram a fuselagem da aeronave e ele teve que se evadir do local. Mas não sabemos quem efetuou os disparos, se garimpeiros ou indígenas”, ressaltou.

Diante do fato, Willyans disse que foi hoje na Base Aérea de Boa Vista, quando conversou com o comandante tenente-coronel aviador Murilo Grassi Salvatti. “Foi feito um relatório, que será enviado à Força Aérea Brasileira (FAB) para que retome as buscas. Também estive no Corpo de Bombeiros”, comentou.

“Estamos na expectativa, esperançosos e ao mesmo tempo angustiados, porque não temos uma notícia concreta. Todos os dias oramos a Deus”, disse o filho de Antônio José Oliveira da Silva que estava no avião.

Jailson Mesquita, que se diz parceiro da Associação dos Garimpeiros Independentes de Roraima (AGIR), disse que procurou a Funai (Fundação Nacional do Índio) para que vá até o local para verificar se é ou não o avião que está desparecido. “Por ser uma área isolada dentro de uma região indígena, a Funai tem autorização para entrar nessas comunidades. Só a Funai tem o direito de entrar e tem equipamentos necessários para fazer essa verificação, até melhor que outras equipes que fazem as buscas”.

Veja o vídeo com as marcas de bala na fuselagem da aeronave:

Por Folha BV

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